Economia

AJUDA AO SISTEMA COOPERATIVO NO BOLO DO SOCORRO À AGROINDÚSTRIA

vide
| 27/04/2009 às 11:20
  O governo federal anunciou um pacote de ajuda à agroindústria nacional que totaliza R$ 12,6 bilhões e que atende também as necessidades do sistema cooperativo. As medidas foram aprovadas em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN). 

  Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, e do Planejamento, Paulo Bernardo, estiveram reunidos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da liberação dos recursos ao setor.

  O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, fez a seguinte afirmação sobre o pacote de medidas anunciado: "Percebemos a sensibilização do governo perante as necessidades do setor. As decisões são tomadas, as taxas equalizadas, mas os recursos não chegam à ponta no momento da operacionalização. Exemplo disso é o dinheiro voltado para capital de giro das cooperativas agropecuárias. A cada dia surge uma nova burocracia, o que dificulta o andamento do processo."


Pleito da Ocepar
atendido

 No pacote de medidas está inserido o atendimento ao pleito da Ocepar de liberação de até R$ 20 milhões a mais por cooperativa dentro do Prodecoop Giro. Esse valor é extra cota ao montante previsto de até R$ 50 milhões por cooperativa previsto no Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop).

Uma série de programas oficiais de financiamentos - como o Funcafé e o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) - teve prazos de liquidação, renegociação, individualização ou amortização de parcelas estendidos, em casos específicos.  O pedido de recursos extras às cooperativas foi apresentado recentemente aos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.

BDES tem R$ 10 bi 

Uma das principais medidas foi a criação de uma linha de crédito de R$ 10 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para capital de giro de setores da agroindústria muito atingidos pela crise financeira internacional.

São eles: avicultura,  suinocultura, bovinocultura de carne e de leite, fumicultura, indústrias madeireira e de máquinas e equipamentos agrícolas, além de cooperativas agrícolas, entre outros.

A linha de crédito, que será oferecida pelo BNDES, terá juro de 11,25% ao ano, com dois anos para pagamento e um de carência. Sobre a taxa de juros, Freitas diz que o percentual de 11% é alto, mas a expectativa é de que o Mapa trabalhará para chegar a 6,75%. "Se isso acontecer, os reflexos serão positivos, mas o ideal seria baixar mais 1%, chegando a uma taxa de 5,75%, correspondente à realidade de mercado", diz.