Melhorar o escoamento de produtos agropecuários regionais como cacau, pimenta, borracha e dendê. Este é um dos principais objetivos do asfaltamento da estrada que liga o município de Camamu à BR 030, inaugurada nesta sexta-feira (17) pelo Governo do Estado. Com extensão de 34 quilômetros e investimento de R$ 53 milhões, o trecho beneficiará uma população dos municípios de Camamu, Maraú, Nazaré, Valença e Ituberá.
Essa é a primeira etapa da rodovia que ligará Camamu a Itacaré, o que totalizará um investimento de mais de R$ 91 milhões.
A rodovia foi totalmente construída com material de qualidade com validade de 30 anos. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Antônio Carlos Batista Neves, a partir da construção total da estrada, baianos e turistas poderão reduzir seu tempo de viagem para Itacaré. Atualmente, quem sai de Salvador com destino a Ilhéus percorre aproximadamente 420 quilômetros.
Ao utilizarem a BA 001 pelo trecho Camamu a Itacaré, o percurso será em torno de 250 quilômetros. Além da rapidez, os visitantes poderão admirar a Mata Atlântica já que houve uma preocupação com conservação ambiental, da localidade. Na área preservada foram plantadas 40 mil mudas de árvores, feitos 200 mil metros quadrados de grama e revestimentos vegetais.
O objetivo do Governo do Estado é interligar todo litoral baiano por meio da BA 001, quando for construída a ponte que ligará Belmonte a Canavieira.
QUILOMBOLAS
Para o governador Jaques Wagner, o trecho Camamu a BR 030 beneficiará também as comunidades quilombolas e os pequenos produtores, que poderão comercializar seus produtos e serviços com mais facilidade. "Nosso desejo é garantir desenvolvimento para todos. Essa é uma das estradas mais bonitas do estado e garantirá o desenvolvimento econômico e turístico da região, proporcionando mais emprego e renda", afirmou o governador.
O presidente da Associação de Produtores da Comunidade Quilombola Garcia, José Domingos, afirmou que há mais de 40 anos a estrada é esperada pelos moradores. Com a conclusão do trecho total, a comunidade quilombola, principalmente, espera poder se desenvolver economicamente.
"Na nossa comunidade poucos conseguem ir ao médico ou à escola. Agora, todos passarão a estudar. È um sonho realizado, concluído. Agora, nossa produção será vendida para outros municípios com mais facilidade".