crise internacional que está provocando mudanças estruturais nos mercados financeiros, com forte repercussão no Brasil, embora o presidente Lula da Silva tenha se mostrado otimista no início, e chegou a declarar que não passaria de uma simples marola, bate às portas, também do cooperativismo. 

   Em recente encontro realizado em Portugal, a UCI - entidade que agrega sistemas cooperados de várias partes do mundo - se mostrou preocupada com o desenrolar da crise, pois, uma parte do seus associados integra um conjunto de cooperativas que atua no segmento da exportação.


   As previsões mais otimistas, lançadas recentemente pela ONU, apontam retrações nos mercados mundiais, especialmente os Estados Unidos, Europa e Ásia, e um crescimento para o Brasil de, no máximo 0.5%, enquanto o ministro Guido Mantega, com seu otimismo costumeiro, certamente para animar o mercado, fala num crescimento de 4%.


   As cooperativas nacionais não estão imunes à crise e também se movimentam nos estados onde atuam com maior desenvoltura - Santa Catarina/Paraná/São Paulo/Rio Grande do Sul - que, juntos, têm um sistema cooperativista muito forte. Santa Catarina, com os efeitos das chuvas que atormentam este Estado e desestabilizou as exportações de pescado pelo Porto de Itajaí, em SC, o mais importante do país nesse segmento, é quem mais sofre.


  Na Bahia, a Oceb (Organização das Cooperativas do Estado da Bahia), entidade representativa do Sistema Cooperativista precisa começar a se movimentar e analisar os possíveis impactos desta crise mundial nas cooperativas baianas a exemplo do que tem feito OCEPAR, SESCOOP/PR.


  O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já esteve na sede da Ocepar, no Paraná e foi recebido pelo presidente da entidade, João Paulo Koslovski, o qual, se mostrou bastante preocupado com cooperativas paranaenses em relação aos projetos já aprovados de investimentos e em execução e possível falta de recursos.

  O ministro tranqüiliza -"Estes investimentos vão continuar. A orientação do presidente Lula é clara para que o BNDES continue financiando o setor" afirmou.


   A Oceb precisa divulgar o estudo feito OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras em que analisa exportações das cooperativas frente à crise financeira.

O trabalho foi elaborado pela Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Mercados da OCB e tem por objetivo divulgar informações referentes à crise internacional e o desempenho das cooperativas brasileiras no comércio internacional.


  Este documento está a disposição no portal da Organização das Cooperativas Brasileiras o Informativo Técnico (Infotec) nº 26 intitulado "Crise Financeira Internacional e as Exportações das Cooperativas Brasileiras de Janeiro a Setembro de 2008".


  Se não temos idéias e nem iniciativas vamos copiar ou pelo menos divulgar as ações e trabalhos da OCB em prol do sistema.


  Qual a situação em que se encontram as cooperativas baianas diante desse novo cenário econômico?  Existe alguma medida especial adotada para ajudar ao sistema? Cadê a cooperação e a inter cooperação dentro do sistema de cooperação na Bahia?