Os funcionários da Caixa Econômica Federal de todo o País decidiram nesta segunda-feira pela manutenção por tempo indeterminado da paralisação. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), 80% das agências, em todos os Estados, decidiram por manter a greve. Representantes da Caixa e a diretoria da Contraf têm ainda na noite desta segunda, às 20h, em Brasília, uma reunião para tentar um acordo.

 Os bancários de São Paulo realizaram no início da tarde de hoje uma manifestação em frente ao Ministério da Fazenda, no Centro. Durante o protesto, eles atacaram o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e diretores da Caixa. Cerca de 250 pessoas estiveram presentes, de acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

 A Caixa Econômica Federal e os bancários em greve discutirão nesta terça-feira, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, um possível acordo para a paralisação, que entrará em seu nono dia amanhã. A empresa recorreu ao TST nesta segunda-feira e pede que a Justiça decida que a greve é abusiva. A audiência foi marcada para as 14h.

  LEI DE GREVE
 

A Caixa diz que a paralisação está em desacordo com a lei de greve (nº7783/99), pois "há falta de comunicação prévia da manifestação, falta de quorum nas assembléias que deliberam a paralisação e ausência de manutenção de serviços essenciais".

A empresa afirma também que os grevistas tentam impedir funcionários que não participam da paralisação de entrar nas agências e que a greve afeta, particularmente, beneficiários de programas como seguro-desemprego, bolsa-família e PIS.