Um programa criado pelo Instituto Ecofuturo, Suzano Papel e Celulose, Banco Real e Fundação Avina vai aproximar cinco cooperativas de catadores de material reciclável do sistema bancário e permitir que elas aumentem a produtividade e, em conseqüência, a renda dos trabalhadores.
 
  O projeto, chamado de Programa de Investimento Reciclável, vai emprestar dinheiro a essas cooperativas e associações para a compra de material e capital de giro. Mas não há assistencialismo: os recicladores terão de pagar o dinheiro recebido, em até 24 vezes, com correção monetária, mas sem juros.

  A Suzano trabalha com recicladores desde 2001, quando lançou no mercado o Reciclato, um papel reciclado, e passou a comprar material das cooperativas. Assim, foi conhecendo as particularidades dessas associações.

  E o Instituto Ecofuturo, mantido pela empresa, começou a identificar as necessidades das cooperativas. "Percebemos que não havia nenhuma forma de crédito para eles", explica Paulo Groke, gerente de projetos ambientais do Instituto Ecofuturo. "Além disso, as cooperativas precisavam de mais informações sobre gestão e governança." 

 Logo, outras associações de recicladores, de qualquer parte do Brasil, poderão inscrever seus projetos para financiamento. "Hoje estamos trabalhando com cooperativas mais próximas para acompanharmos os resultados, depois poderemos trabalhar com entidades de qualquer local do Brasil", diz Groke, do Ecofuturo.