Dizem que a Petrobás ajuda a fortalecer monopólio privado da Braskem
O sindicato dos Químicos e Petroleiros, vinculados a FUP/CNQ/CUT publicou informe publicitário neste domingo destacando que a compra da Ipiranga por consórcio formado pela Braskem, Petrobras e Ultra vai trazer "graves consequências para a sociedade brasileira " e principalmente para nós, baianos".
Destaca a nota que, com essa união, a Braskem vai controlar 67% de algumas resinas termoplásticas no mercado brasileiro, que servem de matéria prima para diversos produtos plásticos, e que essa concentração nas mãos de um único grupo "é um perigo para a sociedade, que pode ser pega de surpresa com o aumento de preços dos produtos à base de matéria plástica".
O sindicato destaca, ainda, que no caso dos trabalhadores a preocupação é grande com as demissões que poderão acontecer. E cita o caso da Odebrecht ao assumir o controle da Copene, em 2002, e foi criada a Braskem havendo "muitas demissões". Situa que a empresa desrespeita direitos trabalhistas, inclusive com a retirada do fundo de pensão da Petros, deixando aposentados em situação muito difícil.
Por fim, diz a nota que estranham o comportamento da Petrobras com a empresa retornando ao setor na condição de minoritária, "sem poder de decisão e escolhendo como sócia, em um momento como este, uma empresa como a Braskem, que tem atitudes anti-sindical e dificulta muito a relação trabalhista. E ainda por cima contribuir com o fortalecimento do monopólio privado das resinas termoplásticas".