Direito

ABRAMUS BAHIA CELEBRA 20 ANOS DE APOIO À MÚSICA BAIANA

Instituição escolheu novos membros do conselho diretor e fiscal para o período
MC Comunicação , Salvador | 23/05/2024 às 18:49
20 ANOS ABRAMUS
Foto: ROBSON LOPES

O evento contou com a estreia de um mini documentário audiovisual exclusivo que mergulha nos bastidores que moldaram a jornada da associação

 

Uma noite de celebração e reconhecimento marcou o 20º aniversário da filial Abramus Bahia, em Salvador, nesta terça-feira, 21. O evento trouxe uma atmosfera de nostalgia e conquistas, relembrando duas décadas de dedicação ao cenário musical local e nacional. O destaque da noite foi a estreia de um mini documentário audiovisual exclusivo, que mergulha nos bastidores que moldaram a jornada da Abramus Bahia ao longo dos anos, com depoimentos inspiradores da direção, colaboradores e artistas renomados como Jau, Magary Lord, Daniela Mercury, Tatau, Thiago Arancam, Targino Gondim, entre outros.

 

“É uma sensação muito boa, de que até agora temos feito um trabalho sério, dedicado, voltado ao atendimento como pérola principal. Ou seja, a Abramus Bahia tem que se destacar sempre pelo atendimento, pelo suporte total ao titular, seja ele de qualquer área: música, dramaturgia, artes visuais, música no audiovisual e nos ambientes digitais. Fazemos parte da gestão coletiva de direitos autorais de execução pública e temos o Ecad como braço de cobrança dessas execuções. Hoje, somos a sociedade mais completa do Brasil porque somos uma sociedade multirepertório, atuando em diversas linguagens artísticas", destacou João Portela, diretor regional da filial Abramus Bahia.

 

Realizado no Aleatórios Bar, o evento reuniu uma mistura diversificada de figuras proeminentes da indústria musical e contou com um show exclusivo da banda Opera-Buffa, formada por Jonga Cunha, Rafa Chaves e Rafael Jardim.

 

“É um grande prazer para nós, um orgulho enorme, ter um escritório liderado por pessoas tão competentes e bacanas. A Bahia é um celeiro da arte brasileira. Para nós, é essencial estar aqui. É muito importante poder acompanhar os artistas, os autores, desde o início de suas carreiras e ajudá-los a viver da arte deles, além de levar a música e a arte da Bahia para o resto do Brasil e do mundo”, pontuou Mariana Mello, diretora jurídica da Abramus.

 

Fernando Santos, diretor artístico e de repertório da Abramus, compartilhou insights sobre a importância do cenário musical da Bahia para a associação. “A Bahia é um polo musical, é tudo. Ela consegue se aproximar de vários segmentos da música. A Bahia está no sertanejo, no axé, no forró, em tudo. A Bahia sempre será próspera para a música. É onde nasceram muitos autores importantes para a música, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Gilberto Gil. A Bahia sempre será arte”, ressaltou Santos.

 

O cantor e compositor Targino Gondim, afiliado à Abramus Bahia há cerca de 5 anos, contou que seu olhar ficou mais atento para suas obras e projetos após se tornar membro da associação. “São pessoas que queremos bem e que, de qualquer forma, vão zelar pela minha obra, pelo meu trabalho intelectual, pelo meu trabalho como músico. Estou mais atento à busca pelos meus direitos devidos, a tudo que fiz no passado, estou fazendo agora e farei no futuro. Isso me deixa mais confortável. Tenho agora um novo produto, mas sei que estou bem assessorado, sei que estou seguindo o caminho e as sugestões. É como seguir uma trilha: onde há um declive, uma curva, onde a passagem é tranquila ou não, sempre há um apoio. Se não, ficamos alheios às coisas ao redor e ao que pode surgir”, explicou o cantor.

 

À medida que a noite chegava ao fim, ficou claro que este evento não apenas comemorou um marco importante, mas também reafirmou o compromisso contínuo da Abramus Bahia em apoiar e promover a indústria musical, mostrando o verdadeiro trabalho da filial na defesa dos direitos autorais.

 

Desafios à frente

 

Conforme a empresa caminha junto ao avanço tecnológico, João Portela refletiu sobre os desafiosenfrentados pelo setor, incluindo o impacto da inteligência artificial na criação de obras já existentes. “A preocupação hoje é a inteligência artificial, mais especificamente a inteligência artificial generativa, que é aquela que gera. A IA generativa pode criar novos conteúdos, como textos, imagens, música, áudios, etc. Precisamos estar atentos a isso. Não somos contra o avanço tecnológico, em momento algum, mas é necessário o respeito ao direito autoral em relação às criações já existentes. Se alguém quer usar um trecho de uma obra já existente para criar uma nova, deve obter a devida autorização. Não pode se apropriar desses trechos e se intitular criador. Obras intelectuais são criações do espírito humano, como a própria lei diz, e devem ser devidamente protegidas”, pontuou o diretor da filial.

 

Dentro desse contexto, Mariana Mello reforçou também o compromisso da organização com a ética e a legalidade na indústria musical. “Somos absolutamente contra qualquer tipo de pirataria, plágio ou utilização indevida. A gestão coletiva das obras musicais na Abramus abrange também as artes visuais, teatro e dança. O cadastro das obras na associação já é uma forma de prevenir qualquer utilização errada. Nós não temos necessariamente um caráter de registro, mas funciona como uma forma de proteção. Além disso, a proteção coletiva da sociedade configura uma força de negociação com os usuários de música e de obras em geral. Isso garante que os criadores possam viver de sua arte”, descreveu a diretora jurídica.