Direito

BRUNO ASSINA SENTENÇA e diz que não mandou matar, mas aceitou matar

O jogador relatou ainda que Macarrão passou a controlar a rotina na residência em que moravam, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro
Terra , Contagem MG | 06/03/2013 às 18:21
Fatal o depoimento do ex-goleiro Bruno
Foto: Terra
Em depoimento que já dura cerca de quatro horas, o goleiro Bruno Fernandes de Souza negou que tenha encomendado a morte de sua ex-amante Eliza Samudio, em 2010. Na primeira parte de sua fala, ao responder os questionamentos da juíza Marixa Fabiane, Bruno creditou o crime a seu ex-braço direito Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Apesar de dizer que não ordenou que Macarrão matasse a modelo, o goleiro afirmou que aceitou quando o amigo o informou de que ela seria assassinada.


"Excelência, como mandante dos fatos, não é verdade. Mas, de certa forma, eu me sinto culpado", afirmou Bruno, no início de seu depoimento. "Eu não sabia que ela seria executada. Eu não mandei, mas aceitei", disse.

O goleiro iniciou sua fala relembrando a relação que teve com Eliza. Segundo o jogador, após engravidar, a jovem o procurou por diversas vezes para que ele reconhecesse a paternidade do bebê. Após o nascimento de Bruninho, Eliza procurou a imprensa e denunciou Bruno, o que, segundo o jogador, causou desconforto. "Isso sempre colocou em manchetes minha imagem. Aquilo estava atrapalhando a negociação que eu tinha para ir para um time fora do Brasil. Isso incomodou todos ao meu redor (empresários, amigos, familiares)", afirmou o goleiro.

sParalelamente a isso, segundo Bruno, crescia a importância de Macarrão em sua vida. "Eu ficava por conta somente de jogar futebol. O Macarrão cuidava de tudo, eu só jogava bola. O Macarrão era como irmão, tínhamos amizade", disse. Diante das constantes brigas com Eliza, o goleiro decidiu se afastar da modelo e tratar as pendências judiciais apenas por meio de advogados e interlocutores. "A partir do momento que eu deixei de conversar com a Eliza, o Macarrão assumiu o papel. Ele fez isso pra mim. O Macarrão passou a conviver mais com ela do que eu", disse.

O jogador relatou ainda que Macarrão passou a controlar a rotina na residência em que moravam, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. "Dentro da minha casa, no Recreio dos Bandeirantes, eu quase não tinha tempo de usar minhas coisas. Eu sempre ficava em hotel. Eu reparei com tempo que a Ingrid (então noiva do jogador) estava triste, ela não falava nada. Até que um dia ela explicou que o Luiz Henrique começou a comandar demais, e ela perdeu a liberdade dentro de casa", disse Bruno. "O Macarrão se