Portanto, ele votou, segundo a assessoria do Supremo, junto com o relator, Carlos Ayres Britto, com as ministras Ellen Gracie e Cármen Lúcia e também com o ministro Joaquim Barbosa. Com o voto de Peluso, o placar, desta forma, está em 5 a 3 a favor da liberação total das pesquisas.
Na noite de quarta-feira (28), pouco antes do encerramento da sessão, a assessoria do STF havia informado que Peluso se posicionou a favor das pesquisas, mas com restrições, alinhando-se aos votos do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, Ricardo Lewandowski e Eros Grau.
EQUÍVOCO
O próprio presidente do Supremo, Gilmar Mendes, na hora de proclamar o resultado parcial do julgamento, anunciou que Peluso havia adotado esse posicionamento. Após o julgamento, Mendes declarou que o placar estava empatado em 4 a 4.
Peluso esclareceu seu voto logo no início da sessão. O ministro disse que leu notícias em jornais "entre envergonhado e de certo modo entristecido". E que houve um "equívoco quase inescusável".
"Os que fizeram referência ou não me ouviram ou se ouviram não entenderam. O meu voto não contém não vê nenhuma ressalva às pesquisas", ressaltou, acrescentando que apenas defendeu fiscalização mais efetiva das clínicas de fertilização e que as técnicas sejam usadas apenas para fins de terapia.
"Saí daqui com a nítida impressão que o escore estava empatado", disse, surpreso, o relator da ação, Ayres Britto, pouco antes do início da sessão.