O inquérito em questão está em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob relatoria da ministra Eliana Calmon, e recebeu o número 561. O Conselho Federal da OAB diz que a ministra teria indeferido a solicitação dos advogados alegando que o pedido de vista do processo comprometeria as investigações, pois a Operação Jaleco Branco ainda estaria em curso.
O Conselho pede a concessão de liminar para ter acesso às informações e argumenta que, sem elas, os advogados estão impossibilitados de fazer a defesa de seus clientes. "O que está em jogo é a possibilidade de o advogado, na qualidade de mandatário da pessoa investigada em procedimento policial, tomar conhecimento dos fatos e das provas carreadas nos autos, seja para adotar providências judiciais cabíveis, seja para orientar o cidadão."
No último dia 23, o ministro Joaquim Barbosa indeferiu pedido semelhante, sob o argumento de que a ministra Eliana Calmon não teria analisado, ainda, o pedido de advogados que queriam ter acesso ao inquérito em questão.
A defesa do empresário Hélio Morais Júnior, também preso na Operação Jaleco Branco, fez pedido idêntico no Habeas Corpus número 93138, ainda não analisado pelo Supremo. Já a defesa do presidente do Tribunal de Contas da Bahia, Antonio Honorado de Castro Neto, outro preso na operação, ingressou com pedido de Habeas Corpus (HC 93137) solicitando a revogação do que classificou de "misterioso" decreto de prisão preventiva contra seu cliente. Segundo informações da imprensa, Antonio Honorado foi libertado pela Polícia Federal no domingo, dia 25.