Direito

OPERAÇÃO JALECO: PROCURADORA DA UFBA JÁ PRESTOU DEPOIMENTO NA PF

Os depoimentos prosseguem neste final de semana
| 24/11/2007 às 10:09
 Quatro delegados da Polícia Federal em Brasília estão tomando depoimento dos 17 empresários e ex-políticos baianos presos na Operação Jaleco Branco. Já foram ouvidos o sócio da Postdata, e ex-sócio Yumatã e Seviba, Afrânio Mattos, e a procuradora-geral da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Anna Guiomar Nascimento.

  O ex-diretor administrativo da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e responsável pelas licitações da Sesab, Hélcio de Andrade Júnior, que teve o pedido de hábeas corpus indeferido pelo ministro do Supremo Joaquim Barbosa, na noite desta sexta, deverá ser ouvido hoje.

  Os advogados de Helcio, que foi diretor administrativo da Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (Sesab), pediram liminar para terem acesso a informações do inquérito em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra seu cliente, bem como do mandado de prisão preventiva, expedido pela ministra do STJ Eliana Calmon.


  Segundo o ministro Joaquim Barbosa, "aparentemente, o pedido de vista ora formulado [pelos advogados de Helcio] não teria sido encaminhado à relatora do inquérito [a ministra Eliana Calmon]". Ou seja, a ministra sequer teria decidido sobre a possibilidade de os advogados terem ou não acesso às informações solicitadas.

  POUCAS NOTÍCIAS

  As notícias de Brasília são escassas nos sites do Departamento da Polícia Federal, STF e STJ, sobretudo neste sábado. Os informes são de que os depoimentos prosseguem neste final de semana, pois, o mandato de prisão temporária conferido pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça é de 5 dias.  


  Os empresários foram levados para Brasília na madrugada desta sexta-feira, 23. Por volta das 9h, chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Brasília, onde foram submetidos ao exame de corpo de delito.

   
   Os empresários estão sendo acusados por crimes de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações públicas.

   Dentre os presos está o atual presidente do Tribunal de Contas do Estado, Antônio Honorato, ao que se supõe, acusado de intermediar facilidades para os empresários no âmbito do governo do Estado. A expectativa dos advogados do presidente do TCE é de que ele seja logo ouvido neste final de semana. Mas, os advogados estão tendo dificuldades de acesso aos seus clientes.

   Novos mandados de prisão da Operação Jaleco Branco ainda podem ser expedidos nos próximos dias. Fontes da Polícia Federal estimam que pelo menos 21 empresas e mais de 100 pessoas, entre políticos, empresários e servidores públicos da União, Estado e Prefeitura de Salvador, estejam envolvidos no esquema, que nos últimos 10 anos deu um prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 630 milhões.