O presidente do Tribunal de Justiça, Benito Figueiredo, assinou decreto a ser publicado no Diário do Poder Judiciário deste final de semana, convocando os servidores em greve a voltar ao serviço em 24 horas, sob pena das medidas legais cabíveis, inclusive com desconto de dias trabalhados.

   A Presidência determinará aos magistrados e detentores de cargo de direção e chefia permanecerem no local de trabalho e enviar, ao final de cada expediente, relatório de freqüência à direção do TJ.

   Determinou ainda que a GRH desconte nos salários os dias não trabalhados.

   A presidente do Sindicato do Poder Judiciário, área dos trabalhadores, Sinpojud, Maria José Silva diz que a categoria vai se reunir na próxima quarta-feira, 7, para decidir os rumos da greve, juntamente com os trabalhadores vinculados ao Sintaj, Sindicato dos Servidores de Serviços Auxiliares.

   Segundo Maria José houve uma quebra de compromissos do relator da matéria na Assembléia Legislativa, deputado Álvaro Gomes (PCdoB), e do líder da maioria, deputado Waldenor Pereira (PT), os quais, não acataram a emenda do Plano de Cargos e Salários dos Servidores (PCS), aprovando a nova Lei de Organização Judiciária, beneficiando, prioritariamente, os graduados - juízes e desembargadores.

   Ainda de acordo com Maria José a direção da AL e os deputados, de uma forma geral, se comportaram como nos "moldes dos carlistas do passado". A nova lei foi aprovada por unanimidade dos deputados.