As negociações complementares dos fazendários baianos na Mesa Setorial do Governo emperraram. O Sindicato dos Servidores da Fazenda - Sindsefaz não aceitou sentar à mesa com o Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia - IAF, convidado pela Secretaria da Administração, e se retirou antes do início dos trabalhos.
 
   Nesta quinta-feira, 21, o Sindisefaz vai dar suas razões porque se retirou da Mesa.

   Segundo a gestora Cristiane Souza, representante da Saeb, o convite foi feito baseado no Regimento de Negociação Permanente, instituído pelo governo. O regimento diz que, além dos representantes do governo, as mesas setoriais deverão ser compostas também por representantes de associações e sindicatos dos servidores além de representantes de órgão ou entidade relacionados com o assunto tratado. 

   QUE DEMOCRACIA
   É ESTA
  
   Segundo o presidente do IAF, Helcônio Almeida, não há explicação lógica para a recusa do Sindsefaz em aceitar o IAF na mesa onde também será discutido o destino dos auditores, já que o instituto reúne a maioria dos auditores fiscais da ativa.

   "Não entendo que democracia é esta do sindicato que tem por base a exclusão", disse.

   Nas três mesas instaladas até agora há diversidade de participação de sindicatos e associações. A primeira categoria a instalar a sua mesa setorial foi a de Segurança Pública, segundo material distribuído pela Assessoria de Comunicação Geral do Estado - Agecom - e reuniu dez entidades sindicais e associativas das polícias Civil e Militar no último dia 4, seguida da Saúde, no dia 12, quando sentaram à mesa representações sindicais dos médicos (Sindmed) e dos funcionários (Sindsaúde).

  Propostas aprovadas em assembléias tanto do Sindsefaz como do IAF são semelhantes e não justificariam tamanho impasse. A discordância está no plano de carreira única proposto pelo sindicato, que promoveria a auditor fiscal agentes de tributos que ingressaram em concurso de nível médio.