Há sempre esperança em dias melhores no ano novo que se inicia quinta, com mais promessas dos políticos
Claro, o sítio onde viviam os tupinambás é mais antigo, algo em torno de 10.000 atrás como dizia Raul Seixas. Não temos - como tentam enfiar em nossa goela abaixo - povos originários. Todos os brasis chegaram pelo Estreito de Bering há milênios.
A cidade do Salvador despreza os navegadores assim como a Diogo Álvares, o Caramuru, e Catarina Paraguaçu, a tupinambá sua esposa, doadora da Graça e Barra aos gulosos beneditinos. A fonte onde Catarina se banhava antes da cidade se chamar Salvador está repleta de cocô no entorno e Caramuru, coitado, nem fonte tem.
Thomé, que fundou a cidade, aguarda, até hoje um memorial em sua homenagem, a ele, a Luis Dias, a Manuel da Nóbrega, a tupinambás, europeus e negros que ergueram a paliçada inicial da cidade fortaleza. Francisco Pereira Coutinho, o donatário Rusticão, mal é conhecido pelo restaurante Pereira, mas foi ele com Gramatão e outros que fundaram a Vila Velha, hoje, Barra, Porto da Barra, melhor dizendo.
O monumento da fundaçção da cidade, no Porto da Barra, fede a mijo. Fui lá ontem e usei máscara daquelas da covid, quer água, sabão e uma ducha. O entorno do Forte de Santa Maria, tem uma sujeira de doer. Aliás, sujeira não doe, fede. Paciência, assim é Salvador.
O Forte de Santo Antônio - antigo padroeiro da cidade destronado por São Francisco Xavier - é um dos monumentos mais bonitos e majestosos do Brasil. É lindo, por dentro, por fora, do alto, das catacumbas e do oratório a Fernão de Bulhões, o Antônio, santo mais querido da Bahia.
Taí uma coisa relevante. O presidente da CMS, Carlos Muniz, em gesto inédito devolveu hoje R$50 milhões ao prefeito Bruno Reis. Que tal devolver à cidade o padroeiro Santo Antonio, seria mais inédito ainda. E, de quebra, recolocar o nome de Rua Direita do Palácio, na mais antiga rua da cidade, que se chama Chile.
Estamos fechando o ano. Nosso Bahia Já completando apenas 19, noviço, pois. Ora, bolas, 2026, como sempre será um ano de lutas e esperanças. Mas, já estou velho, encurvado e cansei de tanta esperança que nunca chega. Ao que tudo indica, no patropi, teremos a disputa entre dois dinossauros à esquerda e a direita e mais impostos, mais promessas e assim por diante.
Então, era até melhor que 2025 não acabasse. (TF)