De maneira simples e objetiva, Antônio Costa contextualiza o encontro do filho de Januário de Dona Santana com a música e a religião. Ele, sanfoneiro e afinador de pé-de-bode, como a sanfona de 8 baixos é chamada no Nordeste; ela, cantora de igreja, “tiradeira” das novenas do Mês de Maria (maio), até os festejos juninos. “Nesta obra o leitor passa a compreender a ligação de Luiz com Deus, os homens canonizados, os não canonizados e os beatificados”, diz o médico Iderval Tenório, nascido numa região cearense profundamente marcada pela religiosidade e pela presença do cancioneiro de Gonzagão em tudo que representam Juazeiro do Norte, a história e a romaria do Padre Cícero.

A maior parte do livro é ocupada com uma seleção minuciosa das composições assinadas com inúmeros parceiros com os quais, segundo Costa, o Rei do Baião cumpria o dever de gratidão. Na seleta, o autor não deixa dúvidas sobre a presença da fé católica nas leituras que Luiz Gonzaga fazia de tudo à sua volta: as belezas e as dores da vida no sertão, o amor e a desilusão amorosa, a fome e a fartura, o trabalho, a família e o sacrifício pela educação dos filhos.

No dia 13 de dezembro, Antônio Francisco Costa estará em Campina Grande, autografando sua obra junto a incentivadores e fontes de suas pesquisas sobre o Rei do Baião. Em função das festas de fim de ano, “Luiz Gonzaga e sua religiosidade” só deverá ter lançamento em Salvador no próximo ano, mas ainda sem data definida. Mas o público interessado poderá conhecer a obra em contato direto com o autor.