Ônibus estava retornando a Brumado carregado de mercadorias
Tasso Franco , da redação em Salvador |
18/10/2025 às 19:06
O bagageiro do ônibus repleto de mercadorias
Foto: REP
Ao menos 17 pessoas morreram entre a noite da sexta-feira (17) e este sábado (18), após um grave acidente num ônibus fretado na BR-423, entre os municípios de Paranatama e Saloá, no Agreste de Pernambuco. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), havia 40 pessoas no coletivo, número maior do que havia sido declarado.
A maioria dos mortos é de pequenos comerciantes de roupas que sairam de Brumado para fazer compras em Pernambuco, prática que é comum na Bahia. As vítimas são da Bahia e de Minas Gerais. Dos 17 mortos, 11 já foram identificados pela Polícia Civil, por meio de perícia papiloscópica, usando as impressões digitais.
O ônibus havia sido fretado por uma empresa de Brumado (BA), com destino a Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano, para que o grupo fizesse compras num centro atacadista. O veículo seguia de volta para a Bahia quando sofreu o acidente num trecho conhecido como Serra dos Ventos.
Em coletiva de imprensa, o governo de Pernambuco detalhou a atuação na ocorrência, que contou com diversos órgãos. O assessor de imprensa da PRF, Cristiano Mendonça, disse que, embora houvesse mais passageiros que o declarado, o ônibus trafegava com menos pessoas que sua capacidade, que era de 50 pessoas.
Neste sábado, o presidente Lula (PT) lamentou o acidente. "Às famílias e amigos das vítimas, expresso minhas mais sinceras condolências e solidariedade neste momento de tanta dor", disse. O governador Jerônimo Rodrigues também nota de pesar. A expectativa é de que os mortos cheguem a Brumado entre domingo e segunda feira, para sepultamento.
Em agenda no exterior, a governadora Raquel Lyra (PSD) se solidarizou com as famílias e vítimas e disse que "desde o primeiro instante da notícia, permaneci, daqui da China, em contato com a governadora em exercício Priscila Krause. Agora, rezo para que Deus dê o conforto necessários as famílias das vítimas".
Por questões logísticas, a realização das perícias e identificação dos corpos foi dividida entre os Institutos de Medicina Legal (IMLs) do Recife e de Caruaru, no Agreste.