MEMÓRIA: RENATINHO, A VIDA NOS SEPARA E NOS UNE

Adelson Nogueira
06/04/2020 às 11:51
  "O tempo passa, só não passa essa saudade, que eu tenho de você. Anos e anos não conseguem apagar da minha memória o quanto fomos felizes, eu, você, Licinha (a gata marisca), Luiz Mário e José Milton. 

   Tudo era festa em nossas vidas. Ora no "capinzinho" de Aurelino Paes, ora em frente à casa do Sr. Cornélio Paes, onde incontáveis vezes Sêo Eurico Paes, nos ameaçava com uma faca em punho, furar a nossa bola. Tudo isso se repetia diáriamente, e o Eurico, bonachão, amigo de todos nós e dos nossos país, voltava sorridente para dentro de sua casa, dando por concluídas as "gostosas" ameaças que nos fazia morrer de rir. 

   Lá e no capinzinho, nós formamos as nossas amizades com Neguinho, Dadá, Nego Zé, Meuvá, Kodó Paes, Fernando Paes, Walter casado com Dilma Paes, Gatão, Zé Pedrosa, Dú de Vanda, Luiz Carlos Mota, Roberto Machado, Dinho de Bruno, Carlinhos, Varde e Larinho, filhos de D. Maria do Prédio e mais e mais, outros incontáveis amigos, que iam participar da alegria que o dia dia nos proporcionava.

   Aos poucos fomos crescendo e a "luz da vida" começou a nos separar. De repente os babas do capinzinho e de Sêo Eurico, foram substituídos pelo os do velho campo do Ginásio, (hoje praça Morena Bela), depois fomos empurrados para um local mais abaixo, atrás do Ginásio (hoje AABB), e finalmente encontramos um local defenitivo para jogarmos o nosso futebol em paz. 

   Em todos esses "estádios", você foi o "rei, consagrado como o maior jogador de futebol daquela época, não só defendendo as cores do ACEC, como também do Atlético Real Serrinhense, de Antonio Topógrafo e do nosso inesquecível amigo Israel Lopes Amaral. 

   Brilhou você também no Santos de Lourinho de Santaluz, que nos dias de jogos mandava buscá-lo de "automóvel", para lá você encantar os luzenzes ao lado de "Charuto, Zé do Circo, Onça, Neguinho, com jogadas incríveis que o fazia também merecedor dos aplausos do povo daquela terra querida, onde também passamos uma boa parte de nossa infância. 

   Isto jogos "oficiais". Bábas, jogamos muitos no "campinho" da Rua do Cruzeiriço, onde fizemos grandes e eternas amizades, dentre eles, Tonho, Teodoro, o velho Cumbá, e outros que marcaram com a marca
da vida a nossa convivencia.

  Mas, a vida, que "é bonita, é bonita e é bonita), como nos diz o incomparável Gonzaguinha,  em uma das mais belas canções da música popular brasileira, nos ensina que o tempo passa, nos torna adultos, nos separa, nos une, sem que jamais deixe de ser real e bonita.

   Há oito anos meu irmão, você nos deixou. Uma saudade imensa e lembrança constante  em relembrar
das suas incontáveis peripécias em todos os recantos do nosso país, principalmente aqui no Nordeste onde você deixou sua marca de ser único, autêntico, incomparável.

   Continuamos aqui nesa incrível e incomparável Serrinha (eu e Licinha), enquanto Luiz Mário adotou Salvador como sua morada e companheira e Jose Milton agora mora em Coité. 

   Continuamos nos encontrando, sempre que possível, e a sua "presença" é uma constante em nossas saudosas lembranças.

   Que Deus encha sua alma de bençãos e que nos conserve unidos enquanto convivermos aqui na terra.
Milhões de beijos saudosos. Licinha, Luiz Mário, José Milton e Adelson.