“Como alternativa, caso o resgate direto continue com dificuldades, está sendo considerada a evacuação através da trilha pelo Lago Segara Anak”, emendou.
Tasso Franco , Salvador |
24/06/2025 às 10:33
Alpinistas vão resgatar corpo de Juliana Martins
Foto: BALIPOST
Equipes de resgate chegaram perto do corpo de Juliana Marins na Indonésia, após ela cair em um precipício durante uma trilha no Monte Rinjani. As equipes conseguiram localizá-la com o uso de um drone, e dois alpinistas experientes foram enviados ao local para auxiliar no resgate. A brasileira foi encontrada imóvel, a cerca de 500 metros do ponto inicial da queda, e está sendo avaliada por equipes de resgate.
As equipes de resgate, incluindo alpinistas experientes, estão trabalhando para retirar Juliana do local onde ela se encontra, que é de difícil acesso. O resgate tem sido complexo devido às condições do terreno e às más condições climáticas, com relatos de interrupções devido à neblina.
A família de Juliana, que criou um perfil nas redes sociais para divulgar informações sobre o resgate, tem acompanhado de perto a situação e expressado preocupação com a demora e com os recuos nas operações de resgate. A irmã de Juliana informou que a brasileira está estável e que um montanhista chegou ao local, fornecendo água e comida. No entanto, ainda não há previsão de quando o resgate completo será concluído.
O perfil oficial do Parque Nacional do Monte Rinjani também tem divulgado informações sobre o resgate e a localização de Juliana, que foi encontrada com o auxílio de um drone. A equipe de resgate está trabalhando para retirar Juliana do local, mas as condições do terreno e o clima estão dificultando o processo.
“Felizmente, nesta tarde, 7 socorristas conseguiram se aproximar do local da vítima, mas tiveram que montar um acampamento avançado, pois já estava escurecendo. Enquanto isso, as tentativas de auxílio aéreo por helicóptero ainda não tiveram sucesso devido à forte neblina na área”, diz o comunicado.
O g1 mostrou que o time de socorristas terá de descer o equivalente a um Corcovado pela encosta íngreme do Monte Rinjani para chegar até a jovem. A montagem dessa base avançada no paredão rochoso vai agilizar a missão.
Quando esta reportagem foi publicada, já era tarde da noite na Ilha de Lombok, e não se sabia se os brigadistas estavam trabalhando no escuro. O 4º dia de buscas se iniciou com o amanhecer.
A autoridade do parque informou ainda que, pela manhã (ainda noite de segunda-feira no Brasil), “a atividade foi focada na descida direta até o local da vítima utilizando a técnica de resgate vertical, apesar de o terreno íngreme e o clima continuarem sendo grandes desafios”.
“Como alternativa, caso o resgate direto continue com dificuldades, está sendo considerada a evacuação através da trilha pelo Lago Segara Anak”, emendou.
O perfil criado pela família de Juliana para concentrar as informações oficiais informou que os socorristas desceram 400 metros pela encosta, “mas estimam que a localização de Juliana ainda está a uns 650 metros de distância”. “Ela estava bem mais longe do que estimaram ontem.”
O que essas distâncias significam?
O pico do Rinjani tem 3.726 metros de altitude;
O ponto da trilha onde Julia caiu está entre 3.000 metros e 3.100 metros acima do nível do mar;
No sábado, horas após a queda, um drone localizou Juliana a 300 metros penhasco abaixo;
Mas a jovem continuou deslizando pelo precipício e caiu ainda mais — a estimativa da família é que Juliana parou a 650 metros;
Para comparação, o Morro do Corcovado tem 710 metros, mais os 38 metros da estátua;
Isso significa que, para alcançar Juliana, os socorristas precisariam descer quase um Corcovado pelo paredão do Rinjani;
Lara Fassarella Pierri, amiga de Juliana, acredita que a niteroiense possa estar ainda mais abaixo, a 950 metros — ou quase um Corcovado somado a um Pão de Açúcar.