O último dia da primeira edição do Festival Salvador Capital Afro foi regado a muita música.  O grande show de encerramento contou com a apresentação da Banda Didá, Larissa Luz, Russo Passapusso, Ganhadeiras de Itapuã, Lazzo Matumbi e Hiran. Para um público que não deixou o local nem mesmo com a chuva, os artistas apresentaram um repertório diverso e envolvente, que manteve todos conectados do início ao fim. 

“Estou muito feliz de estar aqui, cantando no Festival Salvador Capital Afro. Este projeto é muito importante para a cidade. Encontrar com nossa gente, nosso povo e nossa ancestralidade é a melhor coisa. Todos têm que entender que a África nos habita, habita Salvador, habita a Bahia e habita o Brasil desde sempre”, aponta Lazzo. Ele também não esconde a alegria em dividir o palco com tantos nomes importantes para a cultura do Brasil. “Eles são todos e todas pessoas queridas e talentosas. Já me apresentei com o Russo antes e Larissa participou do meu último álbum. Hiran é um talento. E sobre as Ganhadeiras de Itapuã, eu não tenho o que falar, apenas reverenciar. Elas são um patrimônio da nossa terra”, festeja. 

Ao longo do dia, o Festival também ofereceu uma vasta programação para as crianças como  contação de histórias, brincadeiras africanas, tendas temáticas para a infância e apresentações musicais. “É muito importante incluir as crianças nas atividades do Salvador Capital Afro, pois elas fazem parte desta construção. Por isso, temos que inserir a garotada desde cedo neste processo”, afirma Simone Costa, especialista em turismo da Prodetur. 

A profissional também avalia a primeira edição do Festival Salvador Capital Afro. “Conseguimos movimentar o cenário cultural, audiovisual, da música, do afroturismo e dos empreendedores. O retorno foi muito positivo em todos estes quatro segmentos. Na música, temos os feedbacks dos empresários dos grandes festivais que vieram e todos gostaram. Conseguimos fechar vários negócios, diversos shows foram confirmados para a exportação dessa música de Salvador. A mesma coisa no cenário do audiovisual. No afroempreendedorismo, todos os trades que vieram para Salvador pontuaram a evolução dos profissionais na apresentação de seus produtos e todos os participantes da rodada de negócios fecharam negócios com estes empresários. A feira AfroBiz foi um sucesso. No afroturismo também tivemos uma grande projeção”. E finaliza. "Salvador é uma potência, tem um cenário de muitos talentos e a gente precisa reter estes talentos aqui, para o desenvolvimento econômico da cidade”.