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25 DICAS VALIOSAS PARA QUEM DESEJA PASSAR UMA TEMPORADA EM PARIS (TF)

Veja como alugar um apartamento e se comportar na cidade de Paris, um dos lugares mais cortejados do mundo
Tasso Franco , Salvador | 03/09/2022 às 14:03
Feira livre tem produtos de boa qualidade, mas, nem sempre mais baratos do que nos mercados
Foto: BJÁ

        Algumas pessoas têm me perguntado como é passar uma temporada de estudos em Paris  - 3 meses, 6 meses, 1 ano - sem estar vinculada a uma universidade ou instituição cultural, qual o custo, onde ficar, como enfrentar uma cultura diferenciada da sua, problemas de saúde, aclimatação e outros. Vamos dar, portanto, dicas para quem está planejando uma viagem dessa natureza.

  1. Primeiro é preciso decidir quanto tempo vai permanecer em Paris. Caso seja o período de 3 meses não é preciso visto algum de permanência. Passou desse período - 6 meses ou 1 ano - é necessário está matriculado num curso de línguas ou outro e solicitar do governo francês a permanência. De posse dessa documentação ir ao Consulado do Brasil, na Av Franklin Delano Roosevelt,65.

  2. Os custos de uma viagem dessa natureza, portanto, variam de acordo com o período que você ficará na cidade. Em média, o aluguel de um apartamento pequeno 20 m2 ou 1 quarto e sala equipado custa entre 1.200 a 1.500 euros a depender do distrito. Paris é dividida em 20 arrondisemant (distritos) e os números baixos são mais caros. Ex: é mais caro um apê no distrito 1 do que no 5. O mais barato é o 20º, porém, mais distante e aí tem que ser analisado o custo do transporte

  3. As áreas mais chiques - Saint Germain-des-Prés, Champs Élysée, Rivoli etc - e as mais badaladas - Marais, Pigalle, Monteparnasse, etc - são mais caras, porém, são nesses locais que as coisas acontecem em diversões e cultura, portanto, uma mão lava a outra.

  4. Para alugar um imóvel se utilize de um corretor ou imobiliária com envio de sua documentação por e-mail (cursos de línguas também disponibilizam quartos em residências, mas, só para solteiros; não aceitam casais) que seja perto de uma estação de metrô e da escola onde (ou curso) que você vai estudar. Vá pelo oficial. Não queira alugar imóvel através de ofertas baratas pela internet ou de pessoas 'conhecidas' que v pode cair num golpe. 

  5. A cidade tem 304 estações de metrô e esse é o meio de transporte mais barato e usado. Abre todos os dias às 5h30min e fecha 1h30min. O bilhete custa 1.9 euro e v comprando um pacote de 10 bilhetes fica por 1.6 euros. É integrado com os ônibus desde que v utilize em duas horas. O bilhete tb permite que v utilize mais de uma linha do metrô - duas, três - desde que não saia das estações. Portanto, só vale uma ida e/ou uma volta.

  5. Ter o máximo cuidado com as chaves do apartamento que alugar. Os prédios em Paris não têm porteiros. Normalmente o inquilino vai receber um chaveiro eletrônico com três chaves: a porta principal (da rua) é aberta com o chaveiro eletrônico e/ou um código; esse mesmo chaveiro abre a segunda porta - é só encostar o dispositivo que acende a luz verde e abre-se a porta; chave comum do local que v vai depositar o lixo; uma segunda chave para os escaninhos das correspondências; e uma terceira para abrir (e fechar) o apartamento. Bater a porta com a chave dentro é um problema. Tem-se que providenciar um chaveiro que custa (a visita), em média, 150 euros. 

  6. Quando alugar o apartamento faça um inventário do que tem dentro - um video no seu iphone, fotos - os móveis e os eletrodomésticos, se há algum quebrado, se a TV está funcionando, wifi, etc, pois, quando v tiver que devolvê-lo exige-se tudo limpo e nas mesmas condições que recebeu. Normalmente, paga-se uma calção correspondente a 50% do valor do aluguel que só é devolvida ao inquilino depois da vistoria. Cuidado também com o uso da energia e do gás. Paga-se o excedente do consumo programado.

 

  7. O aluguel normalmente é feito através de uma imobiliária que cobra uma taxa de serviço no valor de 20% do valor do aluguel. Alugar diretamente ao dono do imóvel é muito difícil de acontecer salvo se v (ou algum amigo) já conhece o dono. 

  8. Procure um imóvel que esteja nos arredores do curso que v vai fazer permitindo o seu deslocamento a pé, o que significa uma boa economia de transporte ao mês. 

  9. Os supermercados e mercadinhos têm preços variados e faça uma pesquisa dos locais que vendem produtos mais baratos - comestíveis e de limpeza. Ex: uma baguete (pão) pode custar 1.20 euro ou 0,90 cents; assim como preços de verduras e carnes. Há uma variedade enorme de saladas prontas com preços acessíveis o que evita v perder tempo manuseando esses alimentos; assim como frangos, patos, carne bovina e outros.

  10. Os preços de alimentos nos bistrôs variam entre 15 a 20 euros uma refeição. Se for com carne de boi sobe para 30 e até 38 euros, isso sem contar as bebidas. Uma taça de vinho 25 cl custa em média 7 a 10 euros; um drink aperol 10 euros; uma cerveja ou large em caneca entre 7 e 10 euros. Uma botella de vinho (preço médio) 35 a 50 euros. As sobremesas sempre são caras entre 8 a 10 euros, um gelato ou gateau.

   11. Um curso de línguas (francês) custa - em média - 300 euros por semana. Importante frequentar uma escola que tenha certificação do governo da França. Há, ainda, cursos organizados pela Prefeitura, gratuitamente, mas só em determinadas épocas do ano.

  12. Faça um seguro saúde antes de viajar com seu agente de viagem no Brasil. Os preços variam de acordo com a idade. Para uma pessoa acima de 70 anos de idade custa, em média, 5 mil reais, para quem vai ficar 3 meses. Esse seguro funciona se v ficar doente? Sim. Mas tem toda uma burocracia a seguir e o segurado precisa ter calma no atendimento. Se precisar de uma emergência use-a e informe ao seguro do que aconteceu e das despesas a ressarcir. 

   13. Medicação básica. Leve sua farmacinha contendo os medicamentos que v está acostumado a tomar no Brasil - para dor de cabeça, pequenas alergias, pomada com corticoide, colírios, etc - Dipirona como compramos nas farmácias do Brasil é proibido na França. Quase todos os medicamento que v venha a comprar numa farmácia em Paris exige-se uma receita médica.

   14. Nos bistrôs pão e água da torneira são gratuitos. Normalmente os garçons já colocam uma garrafa de água em sua mesa, mas se não tiver é só pedir (une garrafe d'eau). Garrafas d'água de marca - Vick, San Lorenzo, Perrier etc - são pagas.  

  15. Cartão de crédito (débito) de preferência Visa é fundamental. Algumas lojas, supermercados (a partir de determinada hora), serviços e outros não aceitam mais dinheiro vivo. Preferem cartões. A moeda é o euro. Dólar também é aceito. O real esqueça seu uso em lojas. Mas, vale nas casas de câmbio. 

  16. Em Paris há muitos batedores de carteiras. São chamados de "les pickpockets" e v precisa ter o máximo cuidado com eles especialmente em determinadas linhas do metrô, as estações mais movimentadas. Até o sistema de som dos metrô fica avisando quando há "pickpockets" nos trens. Não há policiamento ostensino nas estações. Nas, ruas, sim, principalmente em Champs Elysée, Montemartre e outros. Só nos locais com grandes aglomerações. 

   17. Se v for roubado (a), bye-bye. Nem adianta dar uma queixa na Polícia. A todo momento vê-se esses furtos e alguém gritando que levaram sua bolsa. Portanto, cuidados especiais devem ser tomados, como por exemplo, usar uma bolsa a tiracolo sempre à frente do corpo.

   18. As feiras livres nos bairros são opções para a compra de frutas e verduras mais baratas do que nos supermercados. Mas, nem sempre são mais baratas. Também vendem louças, tecidos, sapatos, vestidos, panelas e uma infinidade de produtos. Há sempre promoções nos finais das feiras, por volta das 14/15hs.

  19. A entrada nos museus custa em média 14 euros. Compre pela internet e leve o comprovante no seu iphone, pois, nas bilheterias dos museus as filas são imensas especialmente no Louvre, D'Orsay e George Pompidou. Os museus fecham às 18h. Estudantes de museologia e arquitetura em alguns não pagam. Menores de 18 anos, também. No primeiro domingo do mês alguns são gratuitos. A maioria das igrejas não cobra acesso. Veja programações de shows e teatros pela internet. 

   20. Lugares para dançar há uma infinidade. Tem espaços que cobram o acesso e outros são gratuitos. Os bares temáticos - especialmente de esporte - são lotadíssimos e uma muvuca da zorra. Em Monteparnasse, Halles e Marais estão os mais badalados. Paris é também um centro de clubes de jazz influenciado pelos norte-americanos que chegaram depois das guerras mundiais. Há vários e em média a entrada custa 30 euros.

  21. A depender da época do ano há liquidações nas lojas. Vale a pena conferir, mas lembre-se que v só pode usar 23 k na sua mala no retorno ao Brasil. Nas liquidações das temporadas de verão e inverno as roupas caem pela metade do preço ou mais. São muito mais baratas do que no Brasil.

  22. O uso de táxis é complicado em Paris. Há pontos demarcados nas ruas, mas estão sempre com filas. No centrão é sempre difícil pegar um táxi. A disputa é grande e é preciso ter paciência. Uma corrida custa em média entre 10 e 30 euros. Se v não sabe falar francês escreva num papel o destino e entregue ao taxistas ou use o iphone. Há muitos portugueses (e brasis) atuam na praça. 

  23. Vinhos e queijos são bem mais baratos e melhores do que no Brasil. Há quem considere vinho como alimento e não bebida alcoólica. Mas, cuidado para v não se tornar um alcoólatra. Beba com moderação todo dia uma tacinha. Os preços dos vinhos em média nos supermercados variam entre 3 e 30 euros. Há, claro, outros mais caros. Há uma variedade enorme de queijos alguns bem baratinhos.

  24. Essa é uma pergunta chata, mas acontece: Se eu sentir dor de dente ou dor de barriga o que faço? Para dor de dente o seguro (em geral) não cobre, salvo se sua apólice especificar isso. Fisioterapia também não cobre e custa (em média) 35 euros uma sessão de 20 min. V deve procurar um dentista de preferência no bairro em que v mora. Há uma boa quantidade e muitas clinicas à disposição. Para dor de barriga - infecção - acione o seguro. 

  25. Outras duas perguntinhas comuns: e cortar cabelos e fazer as unhas? Há inúmeros salões para unhas controlados pelos asiáticos em média 60 euros para unhas. O corte de cabelo feminino (e outras tinturas) varia de preço entre 30 e 50 euros. O corte masculino incluindo barba nos bairros custa 20 euros, em média.

*** Na temporada de verão (junho a agosto) há vários programas de cultura e festivos gratuitos patrocinados pela Prefeitura.