Turismo

ABIH SE ORGANIZA PARA VOLTA DO TURISMO NA BAHIA E NOVOS PROTOCOLOS

A live reuniu hoteleiros de toda a Bahia
Talita A&G Plus , Salvador | 11/07/2020 às 19:13
Hotel Porto Bello em Ondina, Salvador, fechado há mais de 100 dias
Foto: BJÁ

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia – ABIH-BA reuniu hoteleiros da Bahia durante live, ontem, 09/07, sobre os protocolos de reabertura. O presidente da entidade, Luciano Lopes, deu início ao encontro virtual destacando a importância dos hotéis estarem preparados para a retomada das atividades. “Precisamos adequar os empreendimentos às novas recomendações de modo a garantir um ambiente seguro e atender às novas expectativas dos clientes que logo voltarão a viajar”, comentou. Também foi anunciado que em cada uma das 13 zonas turísticas haverá um diretor da ABIH-BA para dar o apoio necessário aos hotéis do interior do Estado.

 

Um dos assuntos abordados foi o manual “Meios de Hospedagem – Protocolos de Higiene e Segurança” criado em parceria entre a ABIH-Nacional, a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e a União Nacional de Convention & Visitors Bureau e Entidades de Destino (Unedestinos). Outro ponto de destaque foi o Selo Sanitário idealizado pelo Ministério do Turismo, que pode ser obtido por qualquer meio de hospedagem desde que cumpridos os Protocolos Básicos. Já para os hotéis que desejam ir além das iniciativas mencionadas, a ABIH-BA firmou parceria com a certificadora internacional Bureau Veritas para possibilitar a Certificação de Ambiente Seguro, o Safeguard.

 

A diretora de Relações Institucionais da ABIH-BA e proprietária do Mar Brasil Hotel, em Itapuã, contou a experiência de ser um dos poucos estabelecimentos que se mantiveram abertos desde o início da pandemia. “Decidimos não fechar as portas, mas para isso repensamos todos os detalhes, adotamos mudanças e novos hábitos que têm trazido resultados positivos. Além disso, temos que estar preparados para acolher os hóspedes que precisem ficar isolados caso testem positivo, sem colocar em risco os demais”.

 

De acordo com a consultora de qualidade da BSA Consultoria e farmacêutica, Adriana Linhares, todos devem estar prontos para encarar todos os desafios que podem ocorrer e destacou algumas medidas importantes. “Devemos focar em atitudes estratégicas para evitar a contaminação cruzada. É preciso diferenciar os procedimentos de limpeza e desinfecção. O ideal é ter uma equipe para cada processo. Outro fator de relevância é que, diferente do que muitos pensam, o uso de luvas descartáveis traz a falsa impressão de proteção, pois a higienização das mãos com sabão e álcool em gel terminam ficando de lado. Elas devem ser utilizadas em ações pontuais”, explica.  

 

A live também teve a participação da empresária e proprietária de empreendimentos hoteleiros em Itacaré, Cida Aguilar Lima, que na oportunidade foi nomeada diretora da ABIH-BA na Costa do Cacau. Ela evidenciou o uso de ferramentas digitais para evitar o contato direto entre funcionário e cliente, a exemplo de pagamento via Código QR, check-in e check-out automáticos, e ressaltou que 100% de sua equipe já foi treinada para a retomada das atividades.

 

Já o vice-presidente da ABIH-BA, Wilson Spagnol, e proprietário do Hotel Floral In, localizado em Porto Seguro, relatou o cenário dos hotéis na cidade que se mantiveram fechados diante da pandemia, mas que estão programados para voltar a funcionar a partir do dia 15 de julho.

 

Hotelaria na Bahia e Salvador

 

Segundo Luciano Lopes, o setor hoteleiro na Bahia interrompeu praticamente todas as atividades em decorrência da pandemia. Atualmente 95% dos Hotéis no Estado estão fechados, sem faturamento há mais de 110 dias e cada vez mais pessoas perdendo seus empregos. O desempenho da hotelaria em Salvador continua grave. No mês de junho a ocupação foi de 3,4%. “Desde o início da pandemia, a ABIH-BA passou a buscar intensamente o apoio dos governos e das mais diversas esferas para garantir a sobrevivência econômica do segmento e evitar uma degradação ainda maior”, conclui.