Colunistas / Política
Tasso Franco

A POLITICA DE AMIGOS NAS VICES DE BRUNO E DENICE

Decisões saem até dia 16 de setembro
12/08/2020 às 18:56
 Há, no círculo da política municipal de Salvador, um entedimento ao menos preliminar, dando conta de que o PDT não tem dimensão politica eleitoral para a indicação do vice na chapa de Bruno Reis, pré-candidato a prefeito pelo DEM. Salvo, talvez, entendendo-se que tenha o objetivo de uma aproximação nacional evitando-se, no futuro, digo 2022, que o PDT se alinhe com o PT na Bahia. Ou até mesmo, em 2020.

   No mais, se isso acontecer, pode abrir uma dissidência no grupo político que vem sendo consturado pelo presidente da Câmara, Geraldo Júnior (MDB), envolvendo o SD, PSC, PTB e Republicanos. 

  Haveria, também preliminarmente, o desejo de Geraldo Jr ser o vice de Bruno. E, não sendo, que essa vaga fosse ocupada por um político do Republicanos e Geraldo Jr seguisse como presidente da Câmara ou pelo menos candidato à reeleição se reeleito vereador.

   Ontem, o representante do PSC, ao saber, sem confirmação oficial, de que Ana Paula, PDT, ex-secretaria da Prefeitura da Promoção Social e Combate à Pobreza, poderia ser a vice de Bruno, estrilou. 

  "O pensamento do bloco era a indicação de Geraldo, mas foi feito uma espécie de acordo de cavalheiros. Se Geraldo não for, apoiaríamos alguém do Republicanos para a vice de Bruno", afirmou o presidente estadual do PSC, Heber Santana.

   "Qualquer coisa fora da indicação de Geraldo ou do Republicanos seria uma surpresa para mim, em função do que foram as conversas com o prefeito e Bruno. Claro que a política é dinâmica, mas em nenhum momento se ventilou a possibilidade do PDT", acrescentou o dirigente do PSC.

   Na verdade, o que se comenta também em bastidores é de que, Ana Paula, foi uma "construção" da gestão atual (não tanto do PDT) e tem um bom relacionamento com ACM Neto e Bruno Reis. Noutras palavras, é uma pessoa (ainda não política partidária) confiável.

   Mas, a política nem sempre isso funciona. E se as articulações não forem bem feitas cria-se dissidências. Daí que ACM Neto já disse que esse é um assunto para ser resolvido até 16 de setembro quando se dará a convenção. Há tempo, pois, para conversas.

   No PT também está acontecendo essa politica de amigos, de confiabilidade. A pré-candidata major PM Denice Santiago, é de Rui e não do PT, tanto que os militantes antigos que se ensairam como pré-candidatos foram rifados um a um pelo poder do governador. 

   Até nomes como o do deputado Robison Almeida, ligado a Wagner, o possível pré-candidato do PT a governador, em 2022, saiu de baixo sem chiar. A única que ainda tentou alguma resistência foi Vilma Reis, seu sucesso.
 
   Quem vai ser a vice de Denice?

   Imagina! A direção local do PT sonha em fazer um arranjo politico colocando Fabíola Mansur, deputada pelo PSB, neste lugar, eliminando a pré-candidatura de Lidice da Mata.

   Em política, tudo é possível. Mas, pelas últimas pesquisas, Lidice tem o quádruplo das intenções de votos de Denice, já foi prefeita e é deputada federal. Renunciar uma candidatura nessas condições é matar seus pré-candidatos a vereadores. E Lidice, experiente como é, dificilmente vai topar uma parada dessas.