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Tasso Franco

SALVADOR TERÁ MAIS R$300 MILHÕES EM OBRAS COM EMPRÉSTIMO DO SANTANDER

Veja resultado das exportações baianas segundo a SEI
09/01/2024 às 18:42
   1. O prefeito Bruno Reis assinou, nesta terça-feira (9), em São Paulo, o contrato de empréstimo com o Santander no valor de R$300 milhões para investimentos em obras e intervenções urbanísticas na capital baiana. 

  2. A assinatura foi realizada na sede da instituição financeira no país e contou com a presença da secretária da Fazenda, Giovanna Victer, além do além do head de Governos do banco espanhol, Marcio Giannico, da superintendente Nacional de Governos, Lilian Maria Barbosa Herrera, e do diretor Mercado de Capitais e Dívida Estruturada, Sandro Kohler.

  3. Os recursos obtidos por meio do financiamento serão utilizados para realizar obras e grandes intervenções urbanísticas por toda cidade, requalificar parte da orla de Periperi, Escada e Praia Grande, no Subúrbio Ferroviário, construir a Arena Multiuso, climatizada e com capacidade para cerca de 16 mil pessoas, na orla da Boca do Rio, e promover melhorias habitacionais na comunidade do Pé Preto.

  4. “Esse financiamento vai nos permitir seguir investindo especialmente nas áreas mais carentes da cidade, como no Subúrbio Ferroviário. Nossa gestão investe mais de 80% dos recursos nas regiões mais pobres para melhorar a vida de quem mais precisa. Temos diversos projetos que vamos tirar do papel, entre eles a Arena Multiuso, com capacidade para até 16 mil pessoas. 

  5. Salvador estava carente de um equipamento desta magnitude desde a demolição do Balbininho. Com o centro de convenções municipal e essa arena multiuso, vamos ter dois equipamentos para competir pela atração de grandes eventos”, salientou o prefeito.

  6. A secretária Giovanna Victer ressaltou que a contratação só foi possível porque o município alcançou patamares de credibilidade e de condições de capacidade de pagamento que se destacam no país. 

  7. "A assinatura deste contrato reflete os esforços de planejamento e gestão financeira responsáveis e eficientes. As condições ofertadas foram competitivas e permitem a antecipação de investimentos para promover bem estar do cidadão soteropolitano”, disse ela, ao ressaltar que Salvador é reconhecida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) como boa pagadora no índice de Capacidade de Pagamento (Capag).

  8. Licitação - Para obter a linha de crédito, o município realizou um chamamento público após aprovação do Projeto de Lei na Câmara Municipal. Ao todo, cinco instituições financeiras participaram da sessão, realizada em outubro, na sede da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz).

  9. O banco Santander venceu a licitação após apresentar as melhores condições de pagamento. A proposta da instituição espanhola prevê 12 meses de carência e amortização em 108 parcelas mensais.
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   10. No último dia do Congresso da União de Mocidade da Assembleia de Deus em Cachoeira (UMADEC) 2024, a juventude da Sede e Zona Rural participou ativamente do evento, que durou três dias, e teve como tema "Levanta-te e Profetiza". O evento foi realizado entre os últimos dias 8 e 6. O congresso contou com a participação e o apoio da prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga (Republicanos).

  11. Com a presença de mais de 200 jovens e adolescentes, o presidente da Assembleia de Deus em Cachoeira, Pastor Luiz Otávio Rendeiro Filho, juntamente com os pastores Marcos Camilo e Vilmario Vieira, ministraram a palavra de Deus. A música também desempenhou um papel fundamental, com ministrações dos cantores Adriana Monteiro, Sheila Pereira, Caio, Antony, Luiz Henrique e Tailany Santos, além de apresentação teatral.

  12. A organização ficou a cargo do Pastor Luiz Otávio Rendeiro Filho e da Missionária Dagmar Rendeiro e da equipe.

  13. Diferente do resultado nacional, que a despeito da redução dos preços teve suas exportações impulsionadas pela quantidade recorde exportada, as vendas externas baianas tiveram um recuo de 18,9% no comparativo anual. O resultado foi puxado por uma queda de 11,8% nos preços como também pela redução no volume embarcado em 8%, principalmente de derivados de petróleo, que liderou as vendas externas baianas em 2022. No acumulado do ano, as vendas externas do estado alcançaram US$ 11,29 bilhões, bem abaixo dos US$ 13,92 bilhões do ano anterior.  

  14. No mês de dezembro, as exportações alcançaram US$ 1,07 bilhão, com crescimento de 6,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (até então, apenas em fevereiro as exportações tiveram incremento mensal em relação a 2022). As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). 

  15. Depois de baterem recorde no ano passado, após o início da guerra no leste europeu, as commodities recuaram em 2023, com redução na demanda global fruto da desaceleração da economia mundial e das incertezas geradas pela fragmentação geoeconômica. Apesar da reação nas cotações do petróleo e de outras commodities nos últimos meses, os preços médios do setor de refino recuaram 19,7% no ano no comparativo interanual, enquanto que o volume embarcado caiu 21,4%. 

16. Na liderança da pauta baiana de exportação, o volume embarcado do segmento de soja e derivados cresceu apenas 0,82%, enquanto que as receitas registraram recuo de 10,3%, todos no comparativo anual. No balanço de 2023, o setor agropecuário somou US$ 4,65 bilhões em exportações, com uma redução de 7% quando comparado a 2022, a despeito da  safra recorde de grãos prevista no ano no estado. 

  17. Os produtos com maior crescimento nas exportações agropecuárias foram frutas (+46,5%) e milho (+57%). Em valores absolutos, o destaque é a soja e seus derivados, cujas exportações representaram 66,2% do total das vendas do setor.  

 18. Na indústria de transformação, as vendas despencaram 29,8%, alcançando US$ 5,33 bilhões em 2023. Os dois carros chefes do setor (refino e petroquímica) tiveram desempenhos muito abaixo do esperado. A queda no volume embarcado de derivados de petróleo no ano chegou 21,4% e as receitas caíram 36,8% a US$ 2,43 bilhões. 

  19. Já o setor químico/petroquímico registrou recuo de 35,6% a US$ 977 milhões com queda também no quantum de 20,2%. O setor está vivendo em 2023 o seu pior momento em duas décadas. A crise econômica na Argentina, segundo principal destino das manufaturas baianas, também deu sua contribuição no recuo das exportações dessa categoria. 

  20. A indústria extrativa registrou a menor queda dentre os setores de atividade com um decréscimo de 0,85%, chegando a US$ 1,22 bilhão em exportações. A alta se restringiu aos metais preciosos (12,6%). No caso dos minerais, a quantidade exportada caiu 22,3%, e os valores exportados também diminuíram 12,4%. Os preços subiram 12,8%, puxados principalmente pelos estímulos para a economia chinesa. 

   21. Mesmo com uma queda de 4,1% no comparativo anual, a China permaneceu como principal destino dos produtos da Bahia. Essa redução foi motivada pelo fator preço, já que o volume embarcado caiu apenas 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A participação da China nas exportações baianas em 2023 foi de 28,4%. 

   22. As importações baianas em 2023 tiveram queda de 25%, somando US$ 8,51 bilhões, reflexo do processo de desaceleração da demanda doméstica, com redução de importação em todas as categorias de uso, com exceção dos bens de capital, que tiveram suave crescimento de 0,08% no comparativo anual. 

  23. A queda de importações, muito acima das exportações, é sinal de uma economia com baixo dinamismo, menos disposta a importar matérias primas, equipamentos e outros insumos produtivos. A atividade econômica interna concentrada no agronegócio e com pouca atividade industrial fez com que as importações diminuíssem além do esperado. Nas importações, quem pesa é a indústria de transformação. Como ela recuou, recuaram também as compras do exterior. 

  24. A queda das compras externas no ano, na comparação interanual, foi puxada pela menor compra de combustíveis (-29,4%) e bens intermediários (-24,6%), além de pelos preços menores, que se contraíram 20,1% e, em menor proporção, pela redução do volume desembarcado em 6,2%. Houve também movimentos atípicos de substituição de importações por maior oferta doméstica de alguns produtos, como o trigo, que teve redução nas compras em 40%  

  25. O saldo comercial do estado cresceu 8,3%, alcançando US$ 2,78 bilhões, favorecido pela redução maior das importações do que as exportações. Por sua vez, a corrente de comércio, soma de exportações e importações e considerado o principal indicador da dinâmica do comércio exterior, alcançou US$ 19,8 bilhões, com queda de 21,7% no comparativo interanua.