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Tasso Franco

CASA BRANCA REAGE A FALA DE LULA SOBRE A GUERRA DA UCRÂNICA: PAPAGUEIA

Lula defende um cessar fogo, mas não fala para a Rússia devolver os territórios ocupados
17/04/2023 às 10:12
  
  1. A Casa Branca criticou duramente o Brasil, nesta segunda-feira (17), depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante viagem à China, que os Estados Unidos estão encorajando a guerra na Ucrânia. "Neste caso, o Brasil está papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto", disse a jornalistas o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby.

  2. Kirby afirmou que uma das falas de Lula, que disse domingo, que os EUA e a Europa prolongam a guerra, é "profundamente problemática". Washington não tem "nenhuma objeção a qualquer país que queira tentar pôr fim à guerra", respondeu Kirby.

  3. "Obviamente queremos que a guerra acabe", disse Kirby. "Isso poderia acontecer agora, hoje, se o senhor (presidente russo Vladimir) Putin parasse de atacar a Ucrânia e retirasse suas tropas."

  4. O presidente Lula (PT) deu a declaração de que os EUA e a Europa prolongam a guerra na Ucrânia em Abu Dhabi. Ele também defendeu a criação de uma espécie de "G20 pela paz".

  5. "A paz está muito difícil. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não toma iniciativa de paz, o [presidente da Ucrânia], Volodymyr Zelensky, não toma iniciativa de paz. A Europa e os EUA terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra", afirmou Lula, durante uma coletiva de imprensa no fim de sua viagem aos Emirados Árabes Unidos.

  6. O presidente também voltou a acusar a Ucrânia, que foi atacada e invadida pela Rússia, de ter participação no início do conflito. "A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países", disse Lula.
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  7. entenas de pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão, neste momento, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O ato acontece no mesmo período onde uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tem como intuito investigar as invasões de propriedades no estado, pode ser instaurada na Casa.

  8. Com tambores, bandeiras e gritos, os manifestantes se instalaram em frente ao legislativo baiano. O vereador de Salvador Suíca (PT) acompanha o grupo.

  9. Em nota, O MST indicou que o movimento tem na agenda um “café coletivo agroecológico, solidariedade com doação de alimentos para a campanha Bahia Sem Fome”. Está previsto, ainda, um ato em “denúncia ao aumento da violência no campo e em defesa da democracia e Reforma Agrária” e uma exposição dos produtos da Reforma Agrária e das Escolas do Campo e Centros de Formação do MST na Bahia. O ato também marca os 27 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás.

  10. Na semana que marca o Dia dos Povos Indígenas (19 de abril), um levantamento do Instituto Semesp, centro de inteligência analítica criado pela entidade que representa as instituições de ensino superior no Brasil (Semesp), revelou que a participação de povos indígenas no ensino superior brasileiro aumentou 374% entre os anos 2011 e 2021, enquanto o crescimento dessas populações no país foi de 66%. O Instituto Semesp considerou as bases de dados do Censo Demográfico 2010 e do balanço do Censo 2022, do IBGE, e também do Censo da Educação Superior, do Inep.
 
  11. De acordo com os dados, havia no Brasil 896 mil pessoas que se declaravam ou se consideravam indígenas, das quais, 572 mil (63,8%) viviam na área rural e 325 mil (36,2%), na área urbana. Em 2022, essa população saltou para mais de 1,4 milhão, conforme balanço parcial do Censo 2022, mostrando um aumento de 66%. 

  12. O salto nas matriculas de descendentes de povos originários, no entanto, foi de 374% no mesmo período, e a rede privada é responsável por 63,7% desses estudantes e a modalidade presencial por 70,8%. Em 2021, havia pouco mais de 46 mil alunos que se consideram indígenas, o que representa apenas 0,5% do total de alunos no ensino superior.
 
  13. O levantamento registrou também que 55,6% dos alunos indígenas são do sexo feminino, embora a presença masculina seja predominante dentro das Terras Indígenas (51,6%), e que 13,1% desses alunos estudam no Estado de São Paulo.

  14. A Equipe de Saúde Especializada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) promoveu, na manhã desta segunda-feira (17), um treinamento de primeiros socorros para colaboradores das Prefeituras-Bairro. A atividade foi realizada na Central do Samu, em Pau Miúdo, e também ocorrerá outra edição na próxima segunda-feira (24), com o objetivo de proporcionar e incentivar a cultura da prevenção de acidentes para minimizar os agravos sofridos pela população nos casos que não tenha a presença de uma equipe médica. 

  15. O curso tem duração de quatro horas e, durante o treinamento, o público pode interagir, através de perguntas e exemplos com os instrutores, a fim de proporcionar um ambiente facilitador e criativo, criando a interação ambiente-instrutor-aluno, utilizando sempre uma linguagem adequada de forma clara e objetiva. 

   16. O coordenador médico do Samu, Ivan Paiva, ressaltou que as ações de Primeiros Socorros são importantes para que as pessoas saibam como lidar com situações adversas, desde ferimentos leves até convulsões. 

  17. “O que se busca no treinamento, especialmente em locais de grande circulação, é que se possa perceber se a pessoa está tendo uma parada cardíaca, se o ferimento é muito grave, como acionar o 192 e orientar o médico regulador, que é quem recebe a ligação, com informações precisas para auxiliar até que o socorro chegue”. 

   18. De acordo com a chefe do Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu, Nadja Gonçalves, as atividades agregam também os profissionais das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nos treinamentos, com ciclos contínuos. “Procuramos também aproximar o Samu da comunidade, com atividades como o Viva Coração, Samu nas Escolas e Primeiros Socorros nas Escolas, além do Samu Solidário para grandes empresas e serviços”. 

   19. Atendente da Prefeitura-Bairro Valéria, Sara Oliveira atua na parte de marcação de exames e contou que já passou por uma situação em que teve que atender uma cidadã que passava mal na unidade. “Eu que trabalho nessa área de saúde, onde muitos dos atendidos são idosos, fazem uso de medicamentos, andam sozinhos e precisam de suporte, é fundamental ter esse conhecimento.

  20. Antes da pandemia, me lembro que uma senhora que eu sempre atendia estava passando mal, porque não tinha tomado o remédio para pressão e insulina. Então fiz uma entrevista para saber se ela havia se alimentado, tomado os medicamentos e, a partir daí, ligamos para o Samu e ela foi conduzida para uma unidade. O conhecimento nessa hora ajudou bastante”.