Depois de quase oito anos fora do carnaval o Trio do Reggae volta ao circuito oficial da folia. A decisão da prefeitura de Salvador beneficia diretamente 12 bandas, com 96 músicos, e foi tomada após intervenção da vereadora Tia Eron (PRB). Para Jussara Santana, presidente da Associação Cultural Aspiral do Reggae “agora as portas vão se abrir para reggae e que a nova gestão de Salvador vai melhorar a diversidade cultural de nossa terra”.
O trio vai desfilar em dois dias com as atrações: Aspiral do Reggae; Jô Calado; Cativeiro; Dianorina; Reverberação; DJ Raspeu; Resistente; Nova Saga; DJ Acane; Raízes Irredutíveis; Futuro do Reggae e Camafeu Tawá.
Antibaixaria
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a edil promoveu uma reunião do colegiado com o secretário de Cultura do Município, Guilherme Bellintani. O executivo foi cobrado para fiscalizar o cumprimento da chamada “Lei Antibaixaria” durante os festejos de momo. Ficou acertada a presença de 140 fiscais da Superintendência de Políticas para as Mulheres de Salvador (SPM) e da Secretaria Municipal de Reparação (Semur).
Também integrante da Comissão Ana Rita Tavares (Pros) repudiou a associação pejorativa das músicas de pagode com os animais: “Nessas músicas está explícito o desrespeito à figura do animal também. Chamar a mulher de cadela, galinha ou vaca, mostra o quanto precisamos modificar essa cultura que não interessa a ninguém, só a quem vende a música”.
Vice-presidente do colegiado, Aladilce Souza (PCdoB), acredita que a lei é um avanço para as mulheres: “Não poderíamos permitir que as mulheres fossem subjugadas e constrangidas a partir dos discursos que as músicas podem transmitir. Isso vai além da luta feminista”.