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VEREADORES mostram preocupação com os preparativos da festa

Marcell Moraes não quer cavalos policiando a festa. Comissão da mulher fiscaliza cumprimento da lei antibaixaria
| 19/02/2014 às 22:55
Marcell, Eron, Aladilce e Fabíola: Carnaval diferente em 2014
Foto: Limiro Besnosik

O uso de cavalos pela Polícia Militar da Bahia durante o Carnaval 2014 está sendo criticado pelo vereador Marcell Moraes (PV), autor de projeto de indicação para suspender a presença dos animais em operações intensas como nos dias de momo. Na opinião do edil a Câmara foi ignorada pelo governador Jaques Wagner (PT) ao anunciar a participação da cavalaria no policiamento da festa.

Para ele “o governo precisa investir em equipamentos e na formação dos policiais e não explorar animais que não nasceram para trabalhar”. A seu ver a própria população pode ser prejudicada ao sofrer um ataque desses animais de grande porte: “Eles são submetidos a situações de risco e passam estresse. Em uma situação de descontrole, provocada pelo alto nível de estresse e barulho, o animal pode ter uma reação e até machucar pessoas nas ruas”.

Antibaixaria

Ainda sobre o Carnaval, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da CMS se reuniu na tarde desta quarta-feira, 19, para tratar da lei antibaixaria. A grande preocupação é evitar o uso de dinheiro público na contratação de artistas que exponham a mulher à violência através de músicas, shows e coreografias, neste carnaval.

Presidente do colegiado, Tia Eron (PRB) lembra que a nova legislação proíbe a prefeitura de contratar esse tipo de atração: “Precisamos ficar atentos às letras das músicas porque vivemos numa nação onde o desrespeito pela mulher é cantado em verso e prosa”. Ela anunciou para a próxima segunda-feira, 24, uma visita ao secretário de cultura, Guilherme Bellintani para pedir informações sobre todos os contratos fechados para este carnaval.

Na opinião de Aladilce Souza (PCdoB) “as manifestações que incitam a violência não contribuem para a formação de valores nem do homem, nem da mulher. Precisamos criar a cultura que as músicas, poesias e danças inspirem a formação e constituição de valores em respeito ao amor”.

Fabiola Mansur (PSB) é favorável à liberdade de expressão individual, de artistas e de grupos, mas diante do cenário atual é preciso impor limites e a lei é para ser cumprida: “Não queremos confronto com ninguém, só queremos que as mulheres sejam respeitadas”, encerra.