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G1 , SP |
18/02/2014 às 17:33
Alá lá ô ô ô ô ..viemos do Egito
Foto: DIV
O barulho virou caso de polícia na semana passada na Vila Madalena, bairro da Zona Oeste de São Paulo conhecido pela agitada vida cultural e boêmia. Os vizinhos dizem que o som alto causado pelo trânsito durante o dia ganha, à noite, a companhia do barulho que emana das boates, barzinhos, restaurantes e até de um sarau erótico.
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Moradores reclamam do som de uma festa noturna que atrai mais de 300 pessoas uma vez por mês na Rua Belmiro Braga. Organizado pela Nossa Casa Confraria de Ideias, o Sarau Erótico reúne interessados em ouvir e declamar poesias eróticas, assistir a filmes e peças teatrais com a mesma temática e ouvir música tocada por DJs ou bandas convidadas.
Alegando que a fiscalização da Prefeitura de São Paulo é omissa em casas como essa, quem mora no bairro decidiu recorrer à Polícia Civil. Na semana passada, o 14º Distrito Policial, em Pinheiros, instaurou inquérito para apurar a queixa de perturbação do sossego contra os estabelecimentos comerciais. “Nossa equipe irá investigar a perturbação, que é uma contravenção penal”, disse o delegado Gilmar Pasquini Contrera. Pela lei, o infrator pode receber pena de prisão de 15 dias a três meses ou pagamento de multa.
Casal de moradores de um prédio que fica num cruzamento repleto de bares reclamam do barulho na Vila Madalena. Um deles aponta para um estabelecimento que, segundo ele, tem música ao vivo que não o deixa dormir
Um dos moradores responsáveis pela denúncia explicou a decisão. “Os barzinhos e o barulho estão nos expulsando da Vila Madalena. Como o poder público não faz nada para coibir essa irregularidade, os moradores não encontram outra alternativa: ou são obrigados a se mudar ou procuram a polícia”, afirmou um idoso que, assim como os demais moradores, preferiu não se identificar por temer possíveis represálias dos comerciantes.
O denunciante mora há mais de dez anos com o companheiro num apartamento na Rua Inácio Pereira da Rocha, próximo a um cruzamento repleto de bares. “Inventaram até um sarau erótico aqui perto de casa, com garçonetes de calcinha, sem sutiã, gente fazendo sexo explícito, falando alto e cantando músicas com palavrão”.
Procurados pelo G1, os sócios do sarau negaram haver sexo explícito no local e alegaram ainda que estão se adequando às necessidades dos moradores vizinhos para manter com eles um convívio saudável. “A ideia é comprar portas com isolamento acústico mais para a frente. Mas para isso precisamos de dinheiro”, disse Katia Pisacane, a Ruiva, uma das sócias da Nossa Casa Confraria de Ideias. Nos corredores do imóvel, um cartaz faz menção à preocupação dos sócios. "Por favor, falar baixo. Vizinho dormindo", informa um papel na parede.