Shows

129.133 toneladas de CO2 foram expelidas na atmosfera durante Carnaval

Fábrica de Florestas vai plantar 13 mil mudas para compensar os efeitos do GGE, ainda assim com qualidade do ar momesco considerada boa
Ayeska Azevedo , da redação em Salvador | 14/03/2013 às 18:21
Qualidade do ar durante o Carnaval de SSA foi considerada boa
Foto: BJÁ
   Treze mil mudas de árvores darão vida a áreas com vegetação nativa da Mata Atlântica degradada em Salvador e na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e serão plantadas pelo Instituto Fábrica de Florestas (IFF) para o  reflorestamento de locais como o Parque São Bartolomeu e o vale do Rio Jaguaribe e também no anel florestal, com o objetivo de compensar parcialmente as emissões de gases de efeito estufa (GEE) ocorridas durante o Carnaval de Salvador.

 O inventário das emissões de GEE durante a folia momesca soteropolitana foi obtido no projeto piloto de monitoramento da qualidade do ar durante todos os dias do Carnaval, no projeto executado pela Braskem, em parceria com a Prefeitura de Salvador, Cetrel, IFF e jornal A Tarde.

Os dados obtidos no monitoramento apontam para a emissão de 129,133 toneladas de CO2 para a atmosfera durante o Carnaval de Salvador em 2013. A qualidade do ar foi classificada como boa em todo o período monitorado nas estações Ondina e Campo Grande, e foi observado que não ocorreram violações de padrões estabelecidos pelo CONAMA003/90.

A quantidade de mudas de árvores que serão plantadas pelo Instituto Fábrica de Florestas foi determinada levando em consideração os resultados obtidos durante o monitoramento, considerando que para cada tonelada de GEE emitida para a atmosfera é necessário plantar uma média de 6 árvores, ocupando cerca de 36 metros quadrados. Nesta proporção, é possível absorver aproximadamente 185 toneladas de CO2 da atmosfera em cada hectare de área “transformada” em floresta, com aproximadamente 1,6 mil mudas.

        “Mais do que um compromisso de responsabilidade socioambiental de todas as instituições envolvidas neste projeto, o trabalho de restauração florestal pode contribuir para a melhoria do microclima das áreas recuperadas, além de servir de exemplo pelo seu esforço coletivo de educação e conscientização ambiental”, analisa Emmanuel Lacerda, gerente de Relações Institucionais da Braskem. “Monitorar e acompanhar a qualidade do ar que respiramos é um passo importante para ajudar a atenuar o processo de aquecimento global de nosso planeta”, destaca.

        Além de se responsabilizar pelo plantio das mudas em locais indicados pela Secretaria Municipal da Cidade Sustentável, o Instituto Fábrica de Florestas (IFF) também exercerá o importante papel de mobilizar voluntários para o plantio das mudas nas comunidades de cada região. O IFF também fica responsável pela manutenção das mudas e os tratos necessários, inclusive substituição das mudas que não vingarem.

        O plantio das mudas pelo IFF será apoiado por agentes da prefeitura, que atuará na mobilização e capacitação da comunidade. Após o plantio, o IFF fará o monitoramento e a manutenção das áreas plantadas para garantia de crescimento das mudas, tarefa que poderá ser compartilhada por agentes públicos e pela comunidade envolvida e capacitada.

 Monitoramento

 O monitoramento da qualidade do ar foi feito pela equipe técnica da Cetrel 24 horas por dia, de 6 a 13 de fevereiro, nos dois principais circuitos do Carnaval de Salvador. Foram monitorados os poluentes convencionais SO2 (Dióxido de Enxofre), NOx (Óxidos de Nitrogênio), CO (Monóxido de Carbono), O3 (Ozônio) e PI (Material Particulado Inalável), como também, em Ondina, dos poluentes não legislados nacionalmente NH3 (Amônia) e HC (Hidrocarbonetos Totais).

O monitoramento teve um investimento de R$ 80 mil, resultantes de uma parceria entre a Braskem e a Cetrel. Além disso, haverá outros custos referentes ao plantio e manutenção das árvores.