A abertura tem que ser feita no Campo Grande
Clarindo Silva, rei momo magro, foi o único a dar um alô aos foliões (Foto/Arquivo)
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Fiasco.
Pouco mais de 500 pessoas assistiram a abertura oficial do Carnaval de Salvador, em Cajazeiras, com as presenças do governador Jaques Wagner, prefeito João Henrique, outras autoridades, rainha, princesa e o rei momo magro Clarindo Silva.
Deslocando a abertura do Campo Grande, seu lugar tradicional e onde se encontram as estruturas de midia e o povão, a Prefeitura tentou inovar levando a abertura para o bairro construido no governo de João Durval (1983/1986), seu pai, e, mesmo com o Motumbá, não empolgou ninguém.
A única "autoridade" a dar um alô aos foliões foi o rei momo magro, Clarindo Silva, o qual, embora tentando passar uma alegria contagiante foi apenas politicamente correto, sem graça.
Em comparativo, abrir o Carnaval em Cajazeiras é a mesma coisa se o Rio de Janeiro tentasse levar a abertura de sua festa para Irajá, ou mesmo Recife fazê-lo em Jaboatão dos Guararapes.
Cajazeiras é um bairro distante do centro da cidade, sem tradição carnavalesca, de difícil acesso, e a abertura da forma como foi organizada e feita visou apenas reforçar gestões políticos do prefeito João Henrique.
Turistas e baianos carnavalescos ficaram sem entender como a Prefeitura desloca a abertura da festa do centro da folia, do coração da cidade, para um bairro onde só se tem acesso pela BR-324, a ligação Salvador/Feira de Santana, embora na Prefeitura atual tudo seja possível.