A novela do Reio Momo. Clarindo Silva voltará ao trono.
Uma liminar concedida pela juíza Aidê Ouais, da 8ª Vara da Fazenda Pública, na última quinta-feira, 24, decidou pelo rei Momo magro.
A decisão da juíza foi anulada graças ao recurso apresentado pelo advogado da Federação das Entidades Carnavalescas da Bahia, Alano Frank, que foi atendido em pleno domingo, pelo desembargador plantonista Paulo Furtado, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.
A polêmica novela momesca, que ganha mais um capítulo já na semana da folia, começou quando o proprietário da Cantina da Lua, que tem 58kg, foi escalado para ocupar um lugar tradicionalmente reservado aos gordinhos. "A escolha de Clarindo foi uma coincidência. Em nenhum momento nos colocamos contra os gordos, houve apenas uma mudança de paradigma. Os critérios, agora, são dois: ser carnavalesco e ser notório", resume Alano Frank.
A "mudança de paradigma", segundo Frank, não deveria ser alvo de tamanha celeuma. "Essa história de que Rei Momo tem de ser gordo está no inconsciente coletivo, mas não está escrito em lugar nenhum que tem de ser assim. No Rio de Janeiro, por exemplo, essa tradição já mudou há seis anos", argumenta.
A Federação das Entidades Carnavalescas da Bahia também espera que a reviravolta na tradição traga mais "glamour" à abertura do Carnaval.