A revista Veja que circula em todo país a partir de hoje, em matéria assinada pelo jornalista Victor de Martino, destaca também o aumento da violência no Carnaval de Salvador e mostra em gráfico intitulado - O Carnaval criminal na capital baiana comparado com o de outras cidades - que houve 1 crime a cada 4 minutos, 1952 ocorrências policiais e 1403 roubos. A revista faz comparativos com o Rio de Janeiro onde ocorreu 1 crime a cada 3 minutos e 20 segundos e com Recife e Olinda onde aconteceram 1 crime a cada 7 minutos e 12 segundos.
A Veja é impiedosa com Salvador ao apontar que "bandos formados por até 50 homens atacaram 59 veículos (ônibus) que voltavam, lotados, dos circuitos do Carnaval". Situa, ainda, entre outros dados, que os casos de agressões físicas na capital baiana se multiplicaram e a polícia registrou "444 ocorrência desse tipo, 46% a mais do que 2006". Veja salienta - o que os veículos de comunicação de SSA já haviam noticiado no decorrer da semana - que os episódios com agressões atingiram 1.714 pessoas.
Veja, por fim, diz que as declarações do governador Wagner espinafrando a imprensa por ter divulgado o aumento da violência no Carnaval de Salvador foram "infelizes".   

COMENTÁRIO

As fontes não são oficiais, mas, no entendimento do palácio Tomé de Souza até porque a Prefeitura permitiu a instalação do camarotão da Revista Contigo após aval da Superintendência de Patrimônio da União, era de um tratamento "mais respeitoso" por parte de Veja (já que é co-irmã da Contigo) em relação ao Carnaval de Salvador.
Quem conhece o meio jornalístico sabe que uma publicação difere da outra, mesmo que pertencendo a uma empresa mãe, uma vez que têm editorias próprias e direções de redações distintas. Daí que o comportamento de Veja ao expor a crescente violência no Carnaval de Salvador não foi de estranhar. Ademais, imaginar que a Veja iria amaciar  a Bahia em função de um concessão à Contigo nem pensar nessa hipótese.