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MPF LIBERA VERBAS P/ AFROS COM RESSALVAS E QUER CONTAS TRANSPARENTES

Não caiu bem para os blocos afros a enxurrada de notas frias das contas do Carnaval 2006.
| 09/02/2007 às 10:04
Felizmente, o Ministério Público Federal e o Fórum das Entidades Negras chegaram a um acordo e o procurador federal Israel Gonçalves, de FSA, reviu sua decisão de bloquear recursos federais para os blocos afros de Salvador diante da enxurrada de notas frias apresentadas por alguns afros, em 2006, e vai liberar sob ressalva e depois da assinatura de um TAC - Termos de Ajusta de Conduta - a verba presumível de 2.1 milhões para o Carnaval 2007.
Esse assunto atingiu de forma frontal a credibilidade dos blocos afros de Salvador e alguns argumentos utilizados na primeira hora para entabular uma defesa foram tão esdrúxulos, quanto a falcatrua das notas frias. O presidente do Olodum, João Jorge, chegou a falar em "prática de racismo institucional" e o vice-presidente do Malê foi além: "patrulhamento ideológico racista".
Como a investigação vem sendo feita pelo Ministério Público Federal e se supõe que a lei federal esteja desvinculada dessas práticas citadas pelos dirigentes dessas entidades, o diretor do Fórum de Entidades Negras, Valmir França, pelo menos foi mais ponderado diante do procurador e reconheceu que existiram falhas, as quais, considerou "técnias" e que "serão corrigidas".
TÁ CERTO
A verdade é que existem várias notas fiscais apresentadas para prestar contas da verba de 2006 que são frias, de empresas fantasmas. De sorte que caberá aos afros, para que mantenham crebilidade junto aos órgãos federais e estaduais que os apoiam, cuidar melhor de suas contas.
Essa é uma realidade que faz parte da vida dos afros, especialmente os pequenos, diante da dura vida que enfrentam. Muitas dessas entidades sequer possuem documentação legal para funcionarem.