Saúde

HOSPITAL SÃO RAFAEL ATINGE MARCO HISTÓRICO DE 150 TRANSPLANTES DE RINS

m dos poucos centros habilitados e autorizados para o procedimento na Bahia, o HSR é referência em transplantes de órgãos e tecidos
AC Comunicação , Salvador | 02/03/2023 às 16:02
Equipe médica
Foto: Divulgação

O programa de transplante renal da Rede D’Or atingiu o marco histórico de 150 procedimentos realizados pelo Hospital São Rafael, um dos poucos centros habilitados e autorizados para o procedimento na Bahia. O transplante que registrou o desempenho foi feito em fevereiro, em um paciente de 51 anos, portador de doença renal crônica realizando hemodiálise há um ano, e envolveu uma equipe de cirurgiões, anestesiologistas, técnicos e enfermeiros.

 

O resultado alcançado foi impulsionado pelos recentes investimentos feitos em renovação de equipes multidisciplinares, reestruturação e implementação de novos protocolos. “O programa implantado pelo hospital há 25 anos chegou a um total de 400 transplantes, sendo que 150 deles ocorreram a partir de janeiro de 2019, quando passou a fazer parte da Rede D’Or. Esses novos investimentos têm nos possibilitado a levar a oportunidade do transplante renal para mais pacientes renais crônicos – casos tidos como mais complexos -, levando mais qualidade e sobrevida para essas pessoas”, destaca o nefrologista Dr. Rogério Passos, um dos coordenadores do programa de transplantes na Rede D’Or, que também realiza o procedimento com fígado e medula.

 

  A nefrologista Dra. Ana Paula Baptista, coordenadora de transplante renal do Hospital São Rafael, ressalta a importância da doação de órgãos e tecidos, e de ampliar o esclarecimento sobre o assunto. “Segundo dados do Censo Brasileiro de Diálise da Sociedade Brasileira de Nefrologia, na Bahia, cerca de oito mil pessoas aguardam o transplante renal. Para mudar essa realidade e de milhares de outros casos relacionados a outros órgãos, é importante que as famílias conversem, que as pessoas comuniquem o desejo de ser um doador. No mesmo passo, tem igual valor que campanhas nacionais ampliem o acesso à informação e contribuam para que as famílias compreendam a relevância da doação”, destaca a especialista. No Brasil, há cerca de 133 mil pacientes com doença renal crônica realizando diálise. Cerca de 80% desses pacientes encontram-se na faixa etária de 20 a 74 anos e, em média, 30% deles seriam elegíveis para o transplante renal.

 

O Hospital São Rafael conta com Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), obrigatório para as unidades hospitalares com mais de setenta leitos. A Comissão, ligada às Centrais de Notificação, Capacitação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), atua no ambiente hospitalar através de uma equipe multiprofissional responsável pela organização, rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação. “Quando há um doador em qualquer parte do país, a captação do órgão ou tecido é feita pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) para os trâmites necessários à validação da doação ao paciente em fila de espera em todo o Estado”, esclarece a nefrologista Dra. Ana Paula Baptista.

 

 

 

O Programa

 

A coordenação do programa de transplante renal da Rede D’Or é feita pelos nefrologistas Rogério Passos, Ana Paula Baptista e Carolina Neves, e pelos urologistas Frederico Mascarenhas e Lucas Batista. Além do Hospital São Rafael, os hospitais Aliança e Cardio Pulmonar são centros habilitados e autorizados pelo Ministério da Saúde para a realização de transplantes com doadores vivos ou falecidos, atendendo a todos os critérios estabelecidos pelo Sistema Nacional de Translantes (SNT).

 

“Neste período difícil, transpassando uma pandemia, com muitas inseguranças e poucas evidências objetivas em literatura, o programa seguiu com segurança e poucos insucessos. Mantiveram-se motivados nefrologistas, urologistas, cardiologistas, enfermeiros, técnicos, cirurgiões vasculares, infectologistas, residentes, dentre outros profissionais envolvidos, sempre com o apoio das gestões local, regional e nacional. A origem acolhedora da instituição aliou-se ao afeto, a responsabilidade e ao comprometimento das equipes envolvidas no transplante renal com os pacientes, os colegas e a instituição”, avalia Dra Ana Paula Baptista.