Moradores do entorno da Lagoa dos Patos, na Pituba, pedem socorro aos órgãos públicos competentes (Prefeitura, Ministério Público, entidades ambientais) para tentar salvar a referida lagoa, situada entre as ruas Piauí e Maranhão, que está morrendo.

O espaço é habitado por mais de 30 patos e gansos, alguns transferidos do Dique do Tororó, que não poderão permanecer no local, caso o lago seque de vez. Eles tentam evitar que o destino das aves seja o mesmo do jacaré que havia na lagoa e sucumbiu à seca, assim como os peixes e as tartarugas.

 Conforme os moradores, a estiagem que atinge Salvador desde o ano passado, exerce forte influência no processo, mas questionam sobre a existência de um nascedouro, que provavelmente foi vedado por construções ou resíduos, impedindo que a agua brote e mantenha o nível da lagoa, que hoje sobrevive apenas de água da chuva.

Além da desobstrução e revitalização da nascente, a população local reivindica da prefeitura novas obras de canalização para um melhor aproveitamento das águas pluviais.  Eles afirmam que já recorreram até ao setor de Meio Ambiente do Ministério Público do Estado, porém sem qualquer resposta.

“Não entendemos porque esse espaço público é tão negligenciado. Não temos varrição, manutenção nos poucos equipamentos e há sete anos solicitamos poda nas arvores, que estão soltando galhos grandes que poderão machucar com gravidade pessoas que transitam pela praça. Uma simples solicitação de troca de lâmpada se transforma num verdadeiro calvário, são dias e dias pedindo. E, agora, nossa luta é também para tentar reverter essa situação crítica da lagoa. Nosso temor é que ela seque e seja preenchida por uma grossa camada de cimento&rd quo;, disse a jornalista Heliana Frazão, uma das pessoas que cuidam da praça.