Amigos e familiares do jovem de 17 anos sequestrado e assassinado na última quinta-feira (31) fizeram uma manifestação na Av. Suburbana, por volta das 11h deste sábado (2), no bairro de Plataforma em Salvador.

Com cartazes e pedindo justiça, o grupo de aproximadamente 100 pessoas fechou uma das vias da avenida, congestionando o trânsito. Durante o percurso familiares fizeram uma oração em um dos cruzamentos da avenida.

O trânsito só foi liberado após a chegada da Polícia Militar, que passou a ocupar apenas uma das vias e seguiu em caminhada em direção ao cemitério de Plataforma, onde o corpo do jovem foi enterrado.

O corpo do jovem de 17 anos foi encontrado na manhã de sexta-feira (1°), em um lixão na Estrada Velha de Periperi, subúrbio de Salvador.

Segundo Elisane Figueredo, vizinha da vítima, o garoto foi levado no final da tarde de quinta-feira (31). "Ele estava por aqui [Paripe], aí uns homens chegaram armados e encapuzados em um carro e levaram ele. Era um menino bom. Tinha passado no curso do Exército e ia ter uma festa semana que vem", relata.

Ainda segundo Elisane Figueredo, o sequestro do jovem ocorreu depois que um policial foi morto no bairro. Por meio de nota, a Polícia Militar informa que ainda não foi identificado nenhum registro na Corregedoria que acuse policiais de envolvimento no sequestro e morte do jovem.

Os familiares do adolescente fizeram o reconhecimento do corpo ainda no lixão. "O pai dele, um primo e um tio já estavam procurando ele desde o dia que pegaram aqui na porta. Meu tio foi até no CIA/Aeroporto para ver se ele não estava lá, quando chegou nesse lixão, foi aí que viu", conta Gisele Vieira, a prima do rapaz.

A jovem também conta que o primo morava no bairro desde que nasceu e não tinha qualquer envolvimento com crimes. "Está todo mundo abalado porque tirou a vida de um jovem do bem. Eles não simplesmente mataram, fizeram pior, torturaram", conta.

Nesta sexta-feira, populares fizeram uma manifestação em Paripe, onde a vítima morava, pedindo justiça pela morte do jovem. As investigações serão realizadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).