Salvador

JOVENS fazem caminhada pela paz e oram em memória jovem morto em Vilas

Caminhada aconceteu hoje
Tasso Franco , da redação em Salvador | 15/06/2014 às 11:44
No local do crime, os jovens rezaram um pai nosso
Foto: BJÁ
  Familiares, amigos e moradores de Vilas do Atlântico fizeram na manhã deste domingo uma caminhada pela paz neste bairro de Lauro de Freitas em memória de Fábio de Assis Lopes, 34, assassinado na última quarta-feira, 11, na porta de sua residência na Avenida N.Senhora de Copacabana com Paquetá por bandidos que o assaltaram e levaram seu carro.

  A caminhada saiu do portão principal de entrada de Vilas, na Avenida Luiz Tarquínio, e seguiu pela Avenida Itapoan (área de comércio) chegando até a Avenida Nossa Senhora de Copacaba por volta das 10h, como concentração na esquina da Paquetá, onde o jovem foi morto. Os jovens pediam apenas paz (e justiça) em Vilas, bairro da classe média que perdeu sua tranquilidade diante de frequentes assaltos aos seus moradores, nas portas das casas, em frente as padarias e assim por diante.

  Após rezarem um pai nosso em frente da casa da familia de Fábio os jovens foram prestar uma homenagem a Fábio na praia do surf, ele que era amante deste esporte.

   O CRIME   

  Moradores da região contaram que eram por volta de 22h e Fábio, que trabalhava como coordenador de videomonitoramento na Companhia de Governança Eletrônica do Salvador (Cogel), ligada à prefeitura de Salvador, e tinha acabado de voltar da academia. Ele estacionou o carro na garagem de casa onde morava com os pais e a irmã, na rua Praia de Paquetá.

  Em seguida, saiu para falar com um amigo, conhecido como Léo, que estava num Vectra (HGR-8024) em frente à casa. Outro rapaz, de prenome Maurício, vizinho de Fábio, também apareceu. Foi então que os criminosos chegaram em dois carros.

   O primeiro parou próximo aos três rapazes, e dois homens com pistolas desceram e anunciaram o assalto. Quando Léo saiu do seu carro, um dos bandidos perguntou: “’Vocês são policiais?’. Depois, mandaram os três levantarem as camisas para ver se estavam armados”, contou um vizinho em anonimato.

   Os homens - cerca de dez, segundo as testemunhas - fugiram atirando a esmo. “Ninguém sabe por quê”, contou uma vizinha. “Quatro tiros atingiram a minha casa”, disse uma dona de casa. Na hora dos disparos, o pai de Fábio, o comerciante Ênio Eduardo Costa Lopes, 59, estava em casa com a mulher.

  “Corremos para fora e minha mulher gritou: ’Balearam Fábio, balearam Fábio!’. Quando cheguei, vi um vizinho colocando ele no carro e indo para o hospital”, contou Ênio, ontem. “O golpe mais forte foi ver meu filho morto no hospital. Ele nunca levantou a voz para ninguém, uma pessoa amável”, declarou o comerciante. 

   Titular da 23ª Delegacia (Lauro de Freitas), o delegado Joelson Reis informou que o carro roubado foi localizado nesta quinta (12) em Simões Filho, mas ninguém foi preso.