Salvador

GREVE DOS ÔNIBUS: Empresários fazem nova proposta para os rodoviários

vide
A Tarde , da redação em Salvador | 24/05/2014 às 15:31
Categoria fez assembleia
Foto: A Tarde
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) vai apresentar contraproposta aos rodoviários em reunião marcada para  segunda-feira, 26, às 10h. A informação é do assessor  do Setps, Jorge Castro. "As partes agora precisam ceder", afirmou, sem  adiantar detalhes da contraproposta. Antes da definição de greve, o Setps só aceitava negociar salário.

A nova reunião é uma tentativa de evitar a paralisação anunciada para  terça-feira. O encontro,  na  Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE-BA) será mediado pela titular da SRTE-BA, Isa Simões, e pelo procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT), Alberto Balazeiro.

Caso o acordo não saia, haverá outra reunião, às 14h do mesmo dia, no MPT. "A expectativa é que se chegue a um bom termo", disse Balazeiro. Para ele, o maior entrave é a redução da jornada. "Na mesa de negociação, as outras pautas sequer foram tratadas", contou.

O presidente do sindicato do s rodoviários (Sintroba), Hélio Ferreira, afirmou que a greve só será suspensa se a contraproposta for aprovada em nova assembleia. "Vamos ouvir os trabalhadores para decidir se aceitamos. Vai depender da proposta", disse.
Um comunicado divulgado ontem pelo sindicato dos rodoviários informa à população e às empresas sobre a paralisação. A entidade afirma que a deflagração da greve se deu "diante da intransigência dos patrões".

Prefeitura

Quem também tenta evitar a greve dos rodoviários é a Prefeitura de Salvador. Segundo a assessoria de comunicação, o prefeito ACM Neto se encontrará com o presidente do Senado, Renan Calheiros, segunda-feira, para articular a aprovação do projeto de lei sobre a redução da jornada de trabalho de motoristas e cobradores para 7 horas, com direito a 20 minutos de descanso.

O projeto, de autoria do deputado federal baiano Daniel Almeida (PCdoB), já foi aprovado na Câmara dos Deputados e tramita no Senado em regime de urgência urgentíssima. Conforme Hélio Ferreira, a aprovação, sozinha, não impede a greve.
As principais reivindicações são aumento de 15% nos salários e 63,5% no tíquete-refeição (de R$ 12,23 para R$ 20), além da redução da jornada de trabalho de 8h para 6h e a consequente extinção da hora fracionada de descanso.

Pedem, ainda, o fim do acúmulo de função nos micro-ônibus, contratação paritária de mulheres e participação nos lucros.