Protesto sem controle do sindicato
Redação e G1 , Salvador |
11/04/2014 às 09:46
Engarrafamento enorme na BR-324 no acesso e saída para Salvador
Foto: Rep TV Bahia
Duas manifestações fecham as estações Pirajá e Mussurunga, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (11), e páram parcialmente Salvador De acordo com a Transalvador, rodoviários bloqueiam a entrada e a saída de veículos nos terminais e complicam o trânsito nas regiões. Segundo o órgão de trânsito, os trabalhadores reivindicam o pagamento da gratificação pelo serviço no carnaval.
Os trabalhadores também estão em campanha salarial. Eles querem reajuste de 15%, jornada de trabalho de 6 horas, ticket alimentação de R$ 20,00, participação nos lucros e resultados (PLR), plano de saúde pago integralmente pelos patrões, fim da terceirização e vale cultura.
Na Estação Pirajá, a Transalvador informou também que a própria população revoltada com o protesto no terminal fechou dois sentidos da BR-324. Por volta das 7h, o grupo liberou uma das pistas de cada via. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA), o protesto já deixa 7 km de congestionamento no sentido Salvador-Feira de Santana.
O G1 entrou em contato com o Sindicato dos Rodoviários, que informou não estar à frente da ação. Segundo Tiago Ferreira, diretor da entidade, representantes do sindicato foram para as estações resolver a situação junto aos trabalhadores.
O protesto nesta sexta-feira é o quarto realizado por rodoviários em uma semana. A categoria já tinha realizado uma manifestação na Estação Pirajá na última sexta-feira (4), além de bloqueios na Estação Mussurunga e no fim de linha do bairro da Ribeira.
A Transalvador orienta motoristas e pedestres que evitem passar pelas estações Pirajá e Mussurunga. Segundo o órgão de trânsito, como alternativa, os usuários de ônibus podem pegar os coletivos dentro dos próprios bairros onde residem.
Gratificação
Segundo os rodoviários, em razão dos serviços prestados durante o carnaval, a prefeitura pagou mais de R$ 400 mil para que o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Bahia repassasse o dinheiro para a categoria.
No entanto, Hélio Ferreira, presidente do sindicato, argumenta que ainda não recebeu o pagamento em razão de um processo burocrático, previsto em lei quando se trata de verba pública. A categoria afirma que está viabilizando toda a documentação exigida para a assinatura do convênio. Segundo o diretor, assim que a verba for liberada, ela será repassada imediatamente aos trabalhadores.
Prefeitura diz que Sindicato ainda não apresentou toda documentação.