Salvador

SALVADOR 465 ANOS: Entrega da chaves do Mercado será na sexta

Ceasinha volta a afuncionar dia 1º de maio
SICM , Salvador | 27/03/2014 às 08:32
Retoques finais na obra do Mercado do Rio Vermelho
Foto: BJÁ
Os permissionários do Mercado do Rio Vermelho vão receber nesta sexta-feira (28/03), às 9 horas, véspera do aniversário de 465 anos de Salvador, as chaves de suas novas instalações no centro de abastecimento que foi reconstruído e totalmente modernizado pelo Governo do Estado. Na solenidade de entrega, 17 permissionários serão homenageados, representando os 139 comerciantes locais. As chaves dos boxes virão acompanhadas de um chaveiro personalizado pelo artista plástico baiano Bel Borba, morador e apaixonado pelo bairro do Rio Vermelho. A abertura do novo mercado ao público está prevista para o dia 10 de maio.

Com investimentos de R$ 28 milhões, em parte financiados pela Caixa Econômica Federal, a área comercial construída cresceu 88%, dos atuais 4. 637 m2 para 8.725 m2, enquanto os espaços comerciais subiram de 100 para 139. As vagas de estacionamento aumentaram 140%, de 100 para 240, sendo 179 cobertas. A construção é de responsabilidade da Axxo, enquanto a supervisão das obras ficou a cargo da Conder.

As instalações provisórias, onde funcionava a Cesta do Povo, custaram R$ 3,5 milhões aos cofres públicos. Foram planejadas de forma a atender todos os comerciantes, livrando-os de grave prejuízo caso tivessem que fechar seus estabelecimentos por mais de dois anos. A perda de faturamento da Ebal com o fechamento da loja, desde novembro de 2011, foi de R$ 26 milhões.

O Governo da Bahia também obteve uma patrocínio do Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, que cobriu os custos de instalação para o novo mercado, anteriormente previstos para recair sobre os comerciantes.

“Salvador ganha um grande presente, assim como os comerciantes e consumidores do Mercado do Rio Vermelho, que terão um lugar mais confortável, muito mais agradável. O espaço vai se tornar mais uma referência turística da cidade, assim como já é o Mercado Municipal, em São Paulo, ou o Mercado Central, em Belo Horizonte”, diz o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.
 
30 DIAS PARA A MUDANÇA
 
Depois da entrega das chaves, os permissionários do centro de abastecimento terão 30 dias para se transferirem das instalações provisórias para os novos espaços, já totalmente adequados aos exigentes padrões sanitários e de segurança. Com a transferência, o mercado provisório será demolido para que sejam completadas as obras de circulação e paisagismo.

O projeto do novo Mercado do Rio Vermelho, que será um centro de compras e lazer, ampliou a capacidade de comercialização de produtos e a expansão da área de gastronomia, com novos e antigos bares e restaurantes reunidos em uma praça de alimentação com diversas opções para baianos e turistas, com acesso independente e horário de funcionamento diferenciado.
 
COMEÇO NOS ANOS 1970
 
A história do Mercado do Rio Vermelho começa no início dos anos 1970, como uma simples feira. Com estrutura precária, formada por barracas de lona, a então feira da Chapada do Rio Vermelho já possuía um comércio voltado para frutas, verduras, peixes, carnes e alguns restaurantes. Uma deles era de Edson Alípio de Lima, o popular Edinho, que chegou à Chapada em 1973. O mais antigo permissionário do Mercado do Rio Vermelho relembra: “Era muita lama, as estruturas eram de lona e qualquer aguaceiro já causava muito estrago”.
Em 1979, durante o Governo Roberto Santos, foi inaugurado o Centro de Abastecimento Alimentar do Rio Vermelho, com investimentos, à época, de 10 milhões de cruzeiros. As cobertura eram em fibra de vidro, mas os permissionários continuavam sujeitos às intempéries. No dia 25 de fevereiro de 1986, o governador João Durval Carneiro reinaugura o Centro de Abastecimento do Rio Vermelho, cuja estrutura praticamente foi mantida até a sua demolição, em 2012.
Em 2004, durante o Governo Paulo Souto, a Central de Abastecimento passou por uma grande reforma, onde foram reparados os sistemas elétrico hidráulico e todas as áreas de circulação  mercado.
 No início da década de 2010, o Ministério Público e a Vigilância Sanitária apontam problemas graves de higiene na Central de Abastecimento, a Ceasinha.  Em 2012, já no Governo Jaques Wagner, são demolidas as velhas estruturas e começa reconstrução do local.