A sobrecarga de trabalho e o bloqueio de leitos em diversos setores são os motivos apontados pelos servidores do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) para realizar uma paralisação nesta terça-feira, 18, com uma concentração a partir das 9 horas, na frente da instituição.
De acordo com o Sindisaúde-BA, representante da categoria, há mais de dois meses o HGRS sofre com a redução do quadro de profissionais comprometendo a assistência prestada à população. O problema depois de finalizado o contrato da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) com a Fundação José Silveira, causando a demissão de aproximadamente 400 trabalhadores terceirizados.
Com isso a Sesab e a direção da unidade passaram a bloquear leitos em várias áreas. Além do prejuízo aos usuários e aos trabalhadores a medida tem prejudicado a formação de estudantes que lá desenvolvem atividades de ensino e pesquisa.
No dia 21 de janeiro a entidade sindical visitou o HGRS e constatou o bloqueio de 30 leitos nas enfermarias de pediatria, clínica médica e clínica cirúrgica. A enfermaria 3A, destinada à ginecologia e obstetrícia, estava completamente fechada.
Diante da situação o Sindisaúde solicitou a extensão da jornada de 240 horas para os servidores, mas a Secretaria só liberou o regime para 100 funcionários, número insuficiente para atender a demanda.
Ainda há risco de bloqueio de novos leitos em diversos setores do hospital. Outra reivindicação da categoria é a efetivação do sistema de marcação de consulta do ambulatório, atualmente suspenso.