Salvador

Dedicação da Catedral de Santo Antônio em Jequié acontece no sábado

Arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha presidirá a solenidade que será concelebrada por dom José Ruy Lopes, dom Cristiano Krapf e padre Vitor Menezes
Ascom DJ , Jequié | 20/11/2013 às 10:55
Catedral de Santo Antônio de Jequié
Foto: Sky
   No próximo sábado, 23, às 17h, acontece em Jequié o  Encerramento do Ano da Fé, sob a presidência de Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana (MG) e ex-Presidente da CNBB. Serão concelebrantes: Dom José Ruy G. Lopes, Bispo Diocesano; Dom Cristiano Krapf , Bispo Emérito; Padre Vitor Agnaldo Menezes e todos os sacerdotes da diocese;

   Registra-se a dedicação da catedral de Santo Antônio de Jequié pela sua morte e ressurreição, Cristo tornou-Se o verdadeiro e perfeito templo da Nova Aliança 2 e congregou o povo que Deus tornou seu. Este povo santo, reunido na unidade que procede da unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, é a Igreja, 3 o templo de Deus edificado de pedras vivas, no qual o Pai é adorado em Espírito e em verdade. 4 Com razão, pois, desde os tempos antigos, se chamou também «igreja» ao edifício onde a comunidade cristã se reúne para aí ouvir a palavra de Deus, orar em conjunto, receber os sacramentos, celebrar a Eucaristia. 

   Pelo facto de ser um edifício visível, esta casa constitui um sinal peculiar da Igreja que peregrina na terra e uma imagem da Igreja que habita no Céu. É, pois, conveniente que a igreja, ao ser erigida como edifício destinado unicamente e de maneira permanente para nele se reunir o povo de Deus e se celebrarem os sagrados mistérios, seja dedicada ao Senhor por meio de um rito solene, segundo o antiquíssimo costume da Igreja. 

   A igreja, como pede a sua natureza, seja apta para as celebrações sagradas, decorosa, brilhando por nobre beleza, não por mera sumptuosidade, e constitua verdadeiro símbolo e sinal das realidades celestes. «Portanto, o edifício sagrado, na sua disposição geral, deve, de algum modo, reproduzir a imagem da assembleia congregada, permitir a conveniente coordenação de todos os seus membros e facilitar o perfeito desempenho da função de cada um». 

   Como se faz a dedicação:

   É feita a deposição das relíquias dos Santos.  Depois do canto das Ladainhas, faz-se, se for esse o caso, a deposição das relíquias de algum Mártir, para significar que o sacrifício dos membros teve a sua origem no sacrifício da Cabeça.  Onde não houver relíquias de um Mártir, podem colocar-se no altar relíquias de outro Santo. Na Catedral de Jequié serão inseridas dentro do altar as relíquias de São Pio de Pietrelcina (2º. Grau) e da Beata Dulce dos Pobres (1º. Grau).

  A Oração da Dedicação . A celebração da Eucaristia é o rito mais importante e o único necessário para dedicar a igreja; no entanto, segundo a tradição comum da Igreja, quer do Oriente quer do Ocidente, diz-se também a Oração da Dedicação, na qual é significada a intenção de dedicar a igreja ao Senhor para sempre e se pede a sua bênção.

  Os ritos da unção, da incensação, do revestimento e da iluminação do altar 16. Os ritos da unção, da incensação, do revestimento e da iluminação do altar exprimem, em sinais sensíveis, alguns aspectos daquela obra invisível que o Senhor realiza por meio da Igreja quando ela celebra os divinos mistérios, principalmente a Eucaristia. a) unção do altar e das paredes da igreja:– Pela unção do crisma o altar torna-se o símbolo de Cristo, que é o «Ungido» de preferência aos demais e assim é chamado; na verdade, o Pai O ungiu pelo Espírito Santo e O constituiu o Sumo Sacerdote, para que oferecesse no altar do seu Corpo o sacrifício da vida pela salvação de todos.  

   – A unção da igreja significa que ela é dedicada totalmente e para sempre ao culto cristão. Fazem-se doze unções segundo a tradição litúrgica ou, se parece mais oportuno, apenas quatro; por meio delas é significado que a igreja é a imagem da santa cidade de Jerusalém. b) O incenso é queimado sobre o altar para significar que o sacrifício de Cristo, que aí se perpetua de maneira sacramental, sobe para Deus em odor de suavidade; mas também para exprimir que as orações dos fiéis sobem até ao trono de Deus, por Ele aceites e a Ele agradáveis. 

  A incensação da nave da igreja indica que ela, por meio da dedicação, se torna casa de oração; mas em primeiro lugar incensa-se o povo de Deus, pois ele é o templo vivo, no qual cada fiel é altar espiritual. 

  O revestimento do altar indica que o altar cristão é a ara do Sacrifício Eucarístico e a mesa do Senhor, em volta da qual os sacerdotes e os fiéis, numa mesma e única acção, embora com função diversa, celebram o Memorial da morte e ressurreição de Cristo e comem a Ceia do Senhor. Por isso, o altar é preparado e festivamente ornado como mesa do banquete sacrificial. Isto claramente significa que ele é a mesa do Senhor, da qual todos os fiéis se aproximam com alegria, para se alimen- tarem do alimento divino, o Corpo e o Sangue de Cristo imolado.

  EDICAÇÃO DA IGREJA E DO ALTAR
 
   A iluminação do altar, à qual se segue a iluminação da igreja, faz recordar que Cristo é «Luz para se revelar às nações», 12 por cuja claridade resplandece a Igreja e por ela toda a família humana.

   A celebração da Eucaristia: Preparado o altar, o Bispo celebra a Eucaristia, que é a parte principal e a mais antiga de todo o rito. 

   A celebração da Eucaristia está estreitamente unida ao rito da dedicação da igreja: – com a celebração do Sacrifício Eucarístico, atinge-se e manifesta-se por meio de sinais muito claros o fim principal para que se edifica a igreja e se constrói o altar; – além disso, a Eucaristia, que santifica o coração dos que a recebem, consagra de algum modo o altar e o lugar da celebração, como os antigos Padres da Igreja várias vezes afirmaram: «É digno de admiração este altar, porque, sendo por natureza uma pedra, se torna santo, depois de ter recebido em si o Corpo de Cristo»; 

   Finalmente, o nexo estreito que existe entre a dedicação da igreja e a celebração da Eucaristia mostra-se também no facto de a Missa da dedicação estar enriquecida com um Prefácio próprio, intimamente unido ao rito.