Salvador

População enfrenta longas filas no terminal náutico para Itaparica

É isso...falta de melhor atendimento à população
Tasso Franco , da redação em Salvador | 15/11/2013 às 10:38
Imensas filas no terminal náutico na cidade baixa
Foto: A tarde
A travessia marítima Salvador-Mar Grande registra intenso movimento de embarque no Terminal Náutico, no Comércio, com imensas filas e muita gente deixando a capital para aproveitar o feriadão na Ilha de Itaparica. O sistema está operando nesta sexta-feira (15) com 13 embarcações desde às 5h da manhã e os horários de saída ocorrem a cada 10. A linha Salvador-Morro de São Paulo também tem grande procura, o mesmo acontecendo com as escunas do "Passeio às Ilhas" da Baía de Todos os Santos, que vão zarpam do terminal com muitos turistas e baianos.

O presidente da Astramab, Jacinto Chagas, explicou que o crescimento da demanda pelas lanchas do sistema Salvador-Mar Grande deve-se, principalmente, ao tempo menor da travessia, que é feita entre 35 ou 40 minutos. "Além disso, o usuário sabe que temos sempre mais que 10 embarcações operando, o que permite se fazer uma programação de horários com saídas de 10 em 10 minutos. A fila nesse período de feriadão é inevitável, mas flui muito bem e o tempo de espera é curto", disse.

O sistema de Mar Grande está operando desde às 5h e a previsão da Astramab é de que o fluxo de passageiros com destino à Ilha seja intenso pelo menos até às 12h. Lembrando aos usuários que nos dias normais, a tarifa por passageiro é de R$ 4,20. Nos domingos e feriados, como o deste 15 de Novembro, o bilhete custa R$ 5,60. O funcionamento da travessia é de 5h às 20h. Contudo, se o movimento de passageiros exigir, o horário é estendido: enquanto houver usuário nos terminais, o sistema estará atendendo.

AGERBA APERTA FISCALIZAÇÃO - Para o Morro de São Paulo, todos os catamarãs do dia vão sair do terminal com lotação completa e a procura por passagens continua intensa. A Astramab está recomendando aos usuários que só comprem passagens nos guichês do Terminal Náutico, onde operam as  empresas autorizadas pela Agerba. O bilhete custa R$ 75. A Agerba  prometeu ontem em nota divulgada na imprensa, apertar a fiscalização aos agentes clandestinos que estão atuando na linha Salvador-Morro de São Paulo e aplicar as penalidades previstas pela lei que regula o setor. Só três empresas têm concessão do Estado da Bahia para operar para o Morro: Biotur, Ilha Bela e Farol do Morro. A Astramab já encaminhou documento e pediu providências à Agerba mostrando com detalhes como é feita a operação clandestina de transporte para o Morro de São Paulo, que atende pricipalmente a turistas desavisados.

As escunas que fazem o passeio pelas ilhas da Baía de Todos os Santos estão saindo do Terminal Náutico com lotação completa, com muitos baianos e turistas aproveitando o feriado para o tour pelas ilhas. No percurso são feitas duas paradas: a primeira na Ilha dis Frades e a segunda na Ilha de Itaparica. O retorno a Salvador acontece às 17h30 e a tarifa é de R$ 40 por pessoa.

ENTENDA COMO A OPERAÇÃO CLANDESTINA PARA O MORRO DE SÃO PAULO  É FEITA
A operação do transporte clandestino de Salvador para o Morro de São Paulo e vice-versa é feita assim: o agente irregular vende passagens para baianos e turistas desavisados, inclusive na chegada ao Aeroporto de Salvador, com a promessa, principalmente, de que o transporte será de catamarã e direto até a Ilha de Tinharé. Ao chegar no Terminal Náutico, o passageiro é informado que "o catamarã apresentou um problema" e a viagem terá que ser feita com conexão em Vera Cruz (Mar Grandes). 

Os turistas são colocados em outras embarcações e quando desembarcam em Vera Cruz são transportados em carros, em sua maioria também não licenciados pela Agerba e, portanto, clandestinos, para FAZER transporte intermunicipal. A viagem segue de carro até a Ponta do Curral, em Valença, onde as pessoas desembarcam a fazem a travessia em pequenos barcos para o Morro de São Paulo. No retorno a Salvador, a operação é repetida, já que a operação clandestina é sempre casada - passagem de ida e volta. Muitos turistas têm procurado a Astramab para reclamar. Quando isso acontece, a Astramab explica a situação e solicita que a pessoa prejudicada registre a ocorrência na Agerba ou na gestão do Terminal Náutico da Bahia.

Essa operação do transporte à margem da lei para o Morro, além de irregular, é perigosa, já que os veículos utilizados no transporte de turistas, via terrestre, até a Ponta do Curral, não são licenciados e muito menos vistoriados pelo órgão regulador, a Agerba. E mais: a ação representa uma sangria na receita dos operadores oficiais, que participaram de licitação pública e obtiveram concessão do Estado da Bahia, através da Agerba, para operar na linha Salvador-Morro de São Paulo. Empresas que recolhem impostos ao Estado, que empregam