Residentes na Boca do Rio, os criminosos foram flagrados, na última quarta-feira (31), próximo ao “Campo da Liga”,
SSP , Salvador |
02/08/2013 às 18:11
Policia apresentou os jovens nesta sexta
Foto: SSP/BA
Uma quadrilha suspeita de cometer latrocínio contra o professor de caratê José Jorge Chaves, 52 anos, encontrado morto, com dois tiros, na madrugada da terça-feira (30), na rua Adelmário Pinheiro, em Amaralina, foi presa por uma equipe da Operação Apolo da Polícia Militar e conduzida ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Residentes na Boca do Rio, os criminosos foram flagrados, na última quarta-feira (31), próximo ao “Campo da Liga”, naquele bairro, quando saiam do Celta vermelho, placa NZC-8785, roubado do professor pelos bandidos entre Itapuã, onde havia deixado uma amiga, poucas horas antes do crime, e Piatã, bairro em que residia.
Ao perceber a aproximação dos soldados, o grupo, liderado por Jônathans Walace Fernandes Pereira, o “Dungala”, 20 anos, fechou o carro, jogou a chave do veículo no campo de futebol e se refugiou numa casa abandonada, onde foi capturado. Dentro do carro, os policias encontraram diversos cartões de visita, os quais permitiram localizar a família da vítima, que lhes informou sobre o delito.
Interrogados pela delegada Mariana Ouais, da 1ª Delegacia de Homicídios (Atlântico), Dungala e os comparsas Pedro Carlos dos Santos, 21, Jéferson Assis do Vale, 22, Felipe da Conceição, 22, e Lucas Souza Dantas, 19, negaram participação no latrocínio, afirmando que foram ao local apenas para fazer uso de maconha. Mas, de acordo com a delegada, eles são os principais suspeitos pelo crime, uma vez que todos estavam no veículo roubado do carateca.
DEPOIMENTOS
“Diversas testemunhas foram ouvidas, inclusive familiares dos acusados, que afirmaram que o bando circulou com o veículo pelo bairro durante toda a quarta-feira”, revelou Mariana Ouais, que, na companhia do capitão PM Baeta, da Operação Apolo, apresentou os cinco integrantes do bando à imprensa, nesta sexta-feira (2), no DHPP. “A mãe de Pedro, por exemplo, nos disse que os outros quatro integrantes da organização criminosa passaram em sua casa, a bordo do veículo, para chamar o filho no dia anterior à prisão”, pontuou a delegada, logo após ter colhido o depoimento da mulher.
Dungala já tem passagem pela polícia por associação ao tráfico de drogas e assalto, enquanto Jéferson foi preso em 2012, por traficar entorpecentes. Preso em flagrante e autuado por prática de receptação e formação de quadrilha, o grupo será conduzido para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. Um adolescente de 17 anos, que acompanhava o bando, foi encaminhado à Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), para aplicação de medidas socioeducativas.
Segundo o capitão Baeta, marcas de sangue encontradas no veículo estão sendo periciadas. A vítima foi alvejada por dois tiros, que o atingiram no tórax e na boca. Proprietário de uma escola de artes marciais em Piatã, o professor José Jorge era faixa preta em caratê, divorciado e deixou um filho de 21 anos.