Lucas Soares Santos tem 18 anos de idade e se apresentou com advogados
Correio , Salvador |
23/05/2013 às 20:07
Um jovem que é suspeito de envolvimento na morte do PM Anativo Manuel da Conceição Neto, 33 anos, se apresentou na noite desta quinta-feira (23) à Polícia Civil e está sendo ouvido. Lucas Soares Santos, 18 anos, se apresentou acompanhado de quatro advogados e confessou o crime.
A assessoria da Polícia Civil diz que o jovem momento está prestando depoimento, mas não confirma que ele foi preso pelo crime. Segundo um dos advogados do suspeito contou à imprensa, ele disse que atirou sem intenção de matar. Ele confessou que abordou o capitão para roubar o carro dele, mas quando este reagiu acabou atirando. Ainda segundo o advogado, o suspeito trabalha em um lava-jato na BR-324.
A polícia divulgou a princípio que um adolescente era suspeito pelo crime. A delegada Claudenice Mayo, da Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), informou nesta tarde que o suspeito já tinha 18 anos. A DAI continua nas investigações e apura se um outro adolescente, dono da mochila encontrada no local do crime, participou do crime. Este adolescente foi ouvido ontem e negou envolvimento, dizendo que apenas emprestou a mochila a um colega.
"Ele indicou um outro adolescente, aquele que pegou a mochila. Ele afirmou que não tem participação no fato, que ele apenas emprestou a mochila quando estava saindo de um jogo de futebol (...) Dentro da mochila estavam um caderno e uma calça", disse a delegada à TV Itapoan. Segundo a Polícia Civil, este adolescente não é considerado suspeito.
Anativo foi assassinado durante um assalto enquanto esperava para ser atendido em um lava a jato na Baixinha do Santo Antônio, no bairro do Cabula, na última segunda-feira. As chaves do carro dele, um Renault Sandero (placa NTZ-8692), foram levadas pelo autor do disparo.
A mulher que disse ter reconhecido o filho de 17 anos por meio de imagens captadas pelas câmeras de um restaurante localizado em frente ao lava a jato foi ouvida novamente pela polícia. Acompanhada por um advogado, ela disse que se confundiu. Policiais chegaram até ela através de uma mochila deixada no lava a jato. A mochila continha um caderno com nome de diversas pessoas.
Em depoimento, a mulher chegou a dizer que o filho é envolvido com tráfico de drogas e roubos e que ele integra uma quadrilha de traficantes do Morro do Águia, em São Gonçalo do Retiro. Um dos comparsas dele seria filho do traficante Raimundo Alves de Souza, mais conhecido como Ravengar.