Quadrilha de Cebola foi responsável pela chacina na "Cidade de Papelão", em Valéria, área da Lagoa da Paixão
SSP , Salvador |
08/04/2013 às 19:07
Cebola, ao centro e sua turma da pesadíssima
Foto: SSP
Os suspeitos de terem cometido a chacina que deixou cinco pessoas mortas em março deste ano, na Lagoa da Paixão, no bairro de Valéria, em Salvador, foram apresentados na tarde desta segunda-feira, 8, na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O homem acusado de liderar o bando de criminosos, Fábio Conceição Brito, mais conhecido como "Cebola", confessou à polícia ser autor de, pelo menos, 18 homicídios na capital baiana e Região Metropolitana (RMS).
Os suspeitos foram capturados no domingo, 7, numa localidade do subúrbio ferroviário de Salvador, conhecida como Cidade de Plástico. Além de "Cebola", foram presos Jocimara Santos de Matos, a "Galega", Aílton Pereira do Couto, o "Garrido", Adenílton Nascimento da Silva, o "Foguinho", Sandro Dias dos Santos, o "Buia" e Lucas Costa Souza Santos, o "Neguinho". Todos tinham mandados de prisão temporárias em aberto e estavam foragidos.
Segundo a polícia, com o bando foram apreendidos cerca de sete quilos de drogas, entre pasta base de cocaína, crack e maconha, cinco revólveres calibre 38, duas pistolas ponto 40, além de munições diversas. Os agentes também encontraram duas balanças, três balaclavas, um colete a prova de balas, uma quantia no valor de R$ 2,1 mil, anotações da movimentação de venda de drogas, oito celulares e três carros e uma motocicleta roubados.
Chacina - O crime aconteceu no dia 8 março. As cinco vítimas, Tiago Batista dos Santos, 19 anos, Neilton da Silva Santos, 29, Larissa Santos Oliveira, 17, Jessica Maísa dos Santos Figueiredo, 19 e Joseli Nascimento dos Santos, 16 anos, eram do município de Mata de São João. Segundo a polícia, eles disputavam o domínio do tráfico de drogas da Cidade de Plástico, onde foram mortos.
Os corpos foram abandonados pela quadrilha, a cinco quilômetros do local da execução. De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), Odair Carneiro, o líder do bando, o "Cebola", assumiu todos os delitos. "Ele relatou todos os detalhes dos 18 homicídios cometidos e a forma como executava as vítimas, inclusive utilizando de meios cruéis, como a decapitação", disse.
A operação foi deflagrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o apoio da Coordenação de Operações Especiais da Polícia Civil (COE) e da unidade de Operações Especiais Gêmeos da Polícia Militar.