O sucateamento do Corpo de Bombeiros de Feira de Santana foi alvo de críticas pelo deputado estadual Carlos Geilson (PTN), na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (2). Na madrugada desta manhã um incêndio atingiu a distribuidora de material escolar Sodine, na Avenida José Falcão, em Feira, e o Corpo de Bombeiros enfrentou grandes dificuldades para conter as chamas.

“Só tem um carro funcionando no Corpo de Bombeiros. Para completar, existem poucos hidrantes na cidade. A solução foi apelar para o Exército e para os carros pipas socorrerem os bombeiros”, criticou o deputado. O incêndio só foi controlado quase três horas após o início, destruindo toda a dependência da empresa.

Geilson pediu para o deputado José Neto (PT) levar esse problema para o governador. “Feira de Santana tem aproximadamente 600 mil habitantes e está sofrendo com um Corpo de Bombeiros Sucateado. Jaques Wagner não deve saber disso. Zé Neto, pare de levar só os assuntos que agradam ao governador, mas leve também esse problema, em nome de Feira e dos comerciantes que estão preocupados”, frisou.

ACORDA CIDADE

A sede da empresa Sodine, que ficou totalmente destruída após um incêndio que começou por volta das 4h da manhã desta terça-feira (02), não possuía nenhum tipo de material preventivo e de combate a incêndios.

 

A informação é do capitão Adriano Bertolino, do 2º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Feira de Santana, que comanda a operação.

 

“As pessoas acham que o Corpo de Bombeiros é a solução para tudo. Quando chegamos, o incêndio já tinha uma grande proporção, o que poderia ser evitado se a empresa tivesse algum tipo de material preventivo”.

A principal preocupação do Corpo de Bombeiros é que as chamas não atinjam outras lojas. 

 

Preocupados, os funcionários da loja vizinha à Sodine, Moto Clube Honda, tentaram apagar as chamas e reclamaram do trabalho e da falta de preparo dos bombeiros no combate ao incêndio.

 

“Não são as pessoas, é a estrutura. Imagine um incêndio desses na Sales Barbosa? A cidade não tem hidrantes, as pessoas saíram desesperadas, tentando salvar tudo que pudessem e desligamos a energia da loja para não ter risco de curto circuito”, disse o funcionário Luis Claudio.