Estima-se que entre 350 mil a 400 mil pessoas participaram da festa sem pé nem cabeça, cada qual fazendo o que quis
Tasso Franco , da redação em Salvador |
17/01/2013 às 14:30
Queima de fogos durante o cortejo sem a menor fiscalização
Foto: BJÁ
Estima-se que entre 350 mil a 400 mil pessoas entre baianos (a maioria absoluta) e turistas (pouquíssimo estrangeiros) participaram nesta quinta-feira de Oxóssi da procissão que resulta na lavagem do adro da Basílica de Nosso Senhor do Bonfim, na cidade-baixa de Salvador.
Foi uma das mais fracas dos últimos anos e muito desorganizada, a ponto de ninguém saber onde se encontrava o grupo dos bicicleteiros, os cavaleiros, as baianas que acompanham o grupo das autoridades e uma quantidade enorme de entidades de classe que, à exemplo do que acontece no 2 sw Julho, também descobriu a lavagem como palco para expor suas reivindicações.
A população que assiste e participa do evento com entusiasmo profano ou com algum sentimento de fé não dá a mínima atenção a essas entidades que, no fundo falam para si mesmos.Perguntamos a algumas pessoas se estavam interessas nos problemas da Assufba, do Sindsefaz, do servidores federais e assim por diante e ninguém entendia sequer o que se passava com aqueles cartazes.
Os partidos políticos também invadiram a festa com balões e seus dirigentes a frente de blocos - como acontece no 2 de Julho - mas, de fato, o público só se interessa mais em ver o governador, desta feita Otto Alencar, o gov em exercício, e o prefeito da cidade, ACM Neto, o qual foi o mais cortejado embora estivesse cercado por uma quantidade enorme de seguranças, quase nem se enxergava o chefe do executivo.
Os grupos das principais autoridades, governador e prefeito, seguiram o cortejo separados. Mas, nem mesmo Otto Alencar, nem ACM Neto conseguiram juntar em torno de si seus partidos de forma mais compacta. Foi uma espécie de salve-se quem puder, ou apareça quem for possível.
O PMDB levou a maior estrutura com balões, bandas e o presidente Lúcio Vieira Lima bastante animado. O PT estava disperso e Nelson Pelegrino seguia com um pequeno grupo com Maria Del Carmen. O PTB de Edvaldo Brito apressou o passo e praticamente puxou o corte. O PSB de Lídice, pequenino. O PTB de Brush carrancudo.