Polegar comandava quadrilha que assaltava prédios e Boca de Aranha é um ladrão especializado em furtar comidas e bebidas
SSP , da redação em Salvador |
09/01/2013 às 11:22
Boca de Aranha, numa boa, só furta comidas e bebidas
Foto: Ascom
Uma quadrilha formada por seis pessoas e acusada de ter cometido a recente onda de invasões a edifícios residenciais em Salvador foi presa, ontem, por policiais da 7ª Delegacia do Rio Vermelho. Liderado por Ademir Ribeiro dos Santos, 32, conhecido como Polegar, o bando será apresentado, hoje à tarde, na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Polegar é morador de rua, usuário de crack e foi o primeiro a ser preso, na Barra. Cristina Reis dos Santos, 41, sua filha, Cleidiane Santos Sena, 20, Bárbara dos Santos Nascimento, 24, Dilson Santana, 33, e uma adolescente de 17 anos foram presos em seguida, em uma casa no bairro do IAPI.
Eles são apontados como autores de arrastões nos edifícios Cláudia, na Federação, Brisa do Mar, em Ondina, e Jardim Atlântida, no Costa Azul, nos dias 23 e 28 de dezembro e no último dia 3, respectivamente. Em todas as ações, os suspeitos invadiram os prédios, renderam os moradores, levaram bens dos apartamentos e até veículos.
De acordo com os policiais, além de Polegar, Cristina, conhecida como Tina, também tomava as decisões no grupo. “Ela é praticamente especialista em roubos. Começou em 2002, assaltando ônibus com o então parceiro, depois partiu para assaltos a estudantes em portas de faculdade e foi evoluindo”, disse um dos investigadores. Polegar e Cristina teriam se conhecido na praia do Porto da Barra. “São duas mentes que juntaram o útil ao agradável”, completou o policial.
Outro homem, também integrante da quadrilha e que teria aparecido nas filmagens do elevador do edifício Brisa Mar, ainda não foi preso, mas já foi identificado. A adolescente, que é namorada de um filho de Cristina que está preso por roubo, foi encaminhada à Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). A ação da polícia começou às 5h de ontem e durou todo o dia.
Além de oficiais da 7ª Delegacia, também participaram equipes da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) da Liberdade, do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerc)e da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur).
A polícia chegou até a quadrilha após um dos integrantes ter dito o nome de Polegar na presença das vítimas do assalto no edifício Cláudia. Com os acusados, foram encontrados pertences roubados de moradores dos prédios, como notebooks, joias, sapatos, bolsas, aparelhos de som e até cosméticos.
Ainda ontem, mais de 15 vítimas estiveram na 7ª Delegacia para fazer o reconhecimento dos suspeitos e identificar os objetos recuperados pela polícia, incluindo um coronel do Exército assaltado em Ondina e que veio de Brasília para o procedimento.
BOCA DE ARANHA
Com dois mandados de prisão em aberto e diversas entradas em delegacias por envolvimento em crimes contra o patrimônio, Arnaldo Fernandes dos Santos Filho, o “Boca de Aranha”, 31 anos, foi preso novamente, na manhã desta terça-feira (8), depois de agredir uma moradora de rua, no Comércio. A vítima acionou uma guarnição da PM, que apreendeu em poder do criminoso várias garrafas de uísque, vinho, azeite de oliva e energéticos, além de pacotes de maminha e presunto defumado (tender), acondicionados numa mala.
Conduzido à Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Boca de Aranha deu nome falso para evitar que fosse identificado e tivesse cumprido os mandados expedidos pela 1ª Vara do Júri, por homicídio, e pela 10ª Vara Crime, por prática de roubo. A mercadoria apreendida e a mala onde ela estava escondida foram furtadas horas antes no Bompreço, da Barra. “Imagens do circuito interno de segurança da loja mostram a ação do ladrão”, esclarece a delegada titular em exercício, Edna Esteves Amorim, que o autuou em flagrante.
Boca de Aranha, que responde a dois inquéritos (por prática de roubo) no Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc) e um outro (por homicídio) na 11ª Delegacia Territorial (Tancredo Neves), ficará custodiado na carceragem do Complexo Policial da Baixa do Fiscal, à disposição da Justiça.