Pai e filho foram baleados dentro de casa na madrugada deste sábado, 8. A residência de número 1B fica na rua Agnaldo Azevedo, 292, no Codomínio Petromar, no bairro de Stella Maris.
Orlando de Souza Brito, de 54 anos, e o filho, Wellington de Souza Brito, de 26 anos, foram socorridos no local pela Polícia Militar e não pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados ao Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. A informação é de um vizinho, que não quis se identificar.
Wellington chegou ao centro médico já sem sinais vitais. Já o pai Orlando respirou durante algumas horas com ajuda de aparelhos, acabou tendo morte cerebral, segundo a PM.
Na casa, estava ainda a esposa e mãe das vítimas, que não teria sofrido ferimentos. O casal tinha mais duas filhas, Naiane, de 18 anos, e Naiara, de 20 anos, que não tinham dormido no local.
Depoimento
Para a polícia, a mãe contou que ouviu um barulho dentro da residência, por volta de 4h30, e foi verificar o que estava acontecendo.
Ela encontrou um homem encapuzado e armado com uma pistola de calibre 22, que a mandou ficar calada. Então, ele teria dito "Eu só quero eles".
O invasor foi até o quarto de Orlando e atirou contra a cabeça dele. Depois, foi até o local onde o filho Wellington dormia e o atingiu com um disparo na cabeça.
A mulher conseguiu, quando o homem estava saindo da casa, atirar um espelho contra ele, que ficou ferido.
Para entrar na casa, o invasor teria pulado o muro de trás, já que a grade estava arrancada. Então, ele passou pelo basculante do banheiro, que estava sem proteção, e conseguiu entrar na residência.
Já a saída teria sido pela porta dos fundos, pois ela estava arrombada. Aparentemente, nada havia sido roubado. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações, enviou uma equipe ao condomínio para fazer a perícia e ouvir as testemunhas.
A mãe teria sido levada ao Menandro de Farias e sedada em estado de choque, conforme disseram amigos . Contudo, o hospital negou a informação. Já as filhas foram acolhidas por moradores da casa ao lado.
De acordo com vizinhos, tanto Orlando, que era comerciante e garçom de um bar, quanto o filho, técnico em eletrônica, eram ótimas pessoas. "Eles não eram envolvidos com drogas, não tinham inimigos" contou um dos vizinhos. Outro completou:
"Aqui no condomínio somos todos amigos. Isso é inacreditável". Ambos supõem que seria algo encomendado. Porém, acreditam que o homem matou as pessoas erradas.
"Aqui, as casas são parecidas, as ruas também. Ele poderia muito bem ter se confundido, ter entrado em um local que não era o certo