Com baldes, bacias e outros vasilhames vazios, a comunidade faz muito barulho, chamando a atenção das autoridades para as interrupções frequentes
Radar 64 , Eunápolis |
07/12/2012 às 10:56
Moradores interditaram estada da Colônia onde vivem 5 mil pessoas, sem água
Foto: Gustavo Moreira
A Estrada da Colônia foi interditada na manhã de ontem (6). Moradores do bairro rural - que fica a cinco quilômetros do centro de Eunápolis, protestam contra a falta de água, que já dura uma semana. Eles afirmam que o trânsito de veículos só seria liberado quando algum representante da Embasa - a empresa do governo baiano responsável pelo serviço - for ao local dar uma solução para o problema.
Para suprir as necessidades essenciais, cada um dos quase 5 mil moradores se viram como pode. 'A gente está pegando água nas cisternas dos vizinhos, nas represas e rios para lavar louças e limpar a casa. Além da água ser poluída, os rios ficam distantes e o acesso até eles é perigoso. Mas não existe outra solução pra gente', afirmou a moradora Rosilene Souza.
Com baldes, bacias e outros vasilhames vazios, a comunidade faz muito barulho, chamando a atenção das autoridades para as interrupções frequentes.
Segundo o administrador da Colônia, Eldo Figueiredo, o desabastecimento foi ocasionado por um problema técnico em uma bomba elétrica. Ainda de acordo com ele, a prefeitura deixou de ser responsável pelo assunto desde que cedeu o gerenciamento para a Embasa.
'Como o Ailton, que é o gerente da Embasa em Eunápolis falou que não podia resolver o problema, a prefeitura foi alertada e retirou a bomba para reparo. E a previsão para ficar pronta é de hoje para amanhã', declarou o administrador.
Conforme informações da Embasa, o problema deve ser revolvido com a entrada em funcionamento do novo sistema de abastecimento de água do município, que foi ampliado e já está em fase de testes, mas que ainda não tem uma data precisa para ser inaugurado.
Enquanto isso, os moradores continuam sofrendo com a falta de água. 'Os políticos vêm aqui todo ano de eleição. Enganam todo mundo. Colhem os votos e somem', afirmou o morador Alessandro Martins.